Proposta é facilitar a vida do usuário

O Tumblr não é uma plataforma comum de blogs. Um tumblog – que é como a empresa se refere aos seus sites – nem é bem um blog. Apesar de parecer e funcionar como um, ele foi desenhado com um tipo específico em mente: o preguiçoso. David Karp, seu fundador, criou o conceito ao tentar facilitar a vida de gente como ele, que não gosta muito de escrever e que achava que perderia tempo demais para manter uma página pessoal.

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O que é isso?

Apesar de parecer com outras plataformas de publicação, roubando um pouco do formato do Twitter e outro tanto do Wordpress, o Tumblr tem regras de convivência, estilo e formato próprios

Dinâmica

- Publicar no Tumblr é quase igual a ter um blog no Wordpress, mas a dinâ­mi­ca da plataforma é diferente. Blo­gar ou "reblogar" conteúdo é tão sim­ples quanto dar um retweet ou aper­tar o botão "curtir". E, mais do que isso, essas opções diferenciam a linguagem e as interações entre as pessoas

Popularidade

- O número de reblogs mede a popularidade do post no Tumblr e mostra quem está na sua rede de contatos

Espalhar

No Tumblr, o conteúdo é publicado para ser armazenado e, principalmente, para ser espalhado. A ação é fundamentalmente pública, ao contrário de um blog, que pode tratar só de temas particulares do autor. Publicar no Tumblr é como compartilhar no Facebook

Minimalista

- O design dos tumblogs é minimalista. Temas mais elaborados são vendidos, custando a partir de US$ 9. É possível customizar o código HTML de qualquer página hospedada no Tumblr

Aplicativos

- O Tumblr conta com aplicativos para ser usado no iPhone, Android e Blackberry

São Paulo - Em fevereiro, o Tumblr passou da marca dos 15 milhões de blogs hospedados nos seus servidores. O número é menor do que o das já tradicionais plataformas de publicação de blogs Wordpress (18 milhões de páginas) e Blogger, sistema do Google que está entre os dez maiores sites do mundo. Mas o novato cresce a passos largos desde 2009 e, entre 2010 e 2011, explodiu de vez. Segundo a ComScore, o aumento no nú­­mero de pageviews foi de incríveis 1.450%, número que cresceu os olhos do mercado em relação à plataforma.

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O site ainda não recebe tantos visitantes únicos quanto seus rivais, mas sua comunidade vem se mostrando mais ativa do que as demais. Isso porque interagir no Tumblr é muito mais simples – é como "curtir" no Facebook. O site acrescenta a qualidade social ao sistema de autopublicação. A po­­pularidade de seus usuários é medida pela velocidade em que o conteúdo é republicado – ou "reblogado".

É como retwittar um blog. Basta um clique para copiar uma imagem ou um texto alheio e jogá-lo na própria pá­­gina. Quanto mais vezes o post for replicado, mais ele será visto e mais facilmente será rastreado por um buscador. Não foi por outro motivo que até o Wordpress copiou o conceito, transformando-o em um plugin.

Mas não adianta. As pessoas estão trocando a versatilidade e a tradição do Wordpress pelo minimalismo cool e preguiçoso do site da empresa nova-iorquina. A popularização começou com um simples meme, o "fuck yeah", expressão que os norte-americanos escolheram para começar a URL de páginas temáticas sobre qualquer assunto, seja Fuck Yeah Beatles ou Fuck Yeah Bacon. São quase 28 mil páginas deste tipo, que popularizaram o site nos Es­­ta­­dos Unidos.

Quando os brasileiros descobriram o serviço, no ano passado, adaptaram o meme para uma versão mais agressiva, usando o termo "porra" em vez de "Fuck Yeah". Pode checar. Bas­­ta alguém famoso falar uma besteira e logo depois já terá sido criado um Tumblr bra­­sileiro para espezinhá-la com frases dúbias, suas piores fotos e montagens comprometedoras de todo tipo.

Os dois casos mostram a di­­ferença básica entre blogs e o Tumblr: ele já foi pensado para compartilhar, ainda que bizarrices, com o mínimo de informação sobre um assunto e em tempo real. E não é pouca coisa: são 18 posts novos a cada segundo. Tudo sem o mínimo esforço e com o mais alto nível de superficialidade.

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