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A magia do emprego temporário

Sala de espera para a entrevista no Cirque: extroversão é essencial para quem quer ser contratado | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Sala de espera para a entrevista no Cirque: extroversão é essencial para quem quer ser contratado (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)

As atrações do Cirque du Soleil só vão chegar a Curitiba no dia 15 de junho, mas o festival já começou a movimentar a cidade. Ontem, começaram as entrevistas para escolher 200 pessoas que vão trabalhar nos bastidores das apresentações. Os interessados podem comparecer à Agência do Trabalhador de Pinhais até hoje.

Cerca de 400 pessoas já se inscreveram para trabalhar durante trinta dias e receber salários que variam de R$ 800 a R$ 1.200. Para alguns cargos, é necessário comprovar experiência anterior e fluência em inglês. São os casos de cozinheiro, costureira e recepcionista bilíngue. Mas para quem não domina outro idioma e nem possui experiência também há espaço em vagas como atendente e caixa de lanchonete, chapeleiro, auxiliar de cozinha, recepcionista, caixa de loja e vendedor interno.

A responsável pelo recrutamento, Jussara Oliveira, destaca que o processo é democrático, e já contou com a participação de profissionais variados, como médicos, dentistas, artistas de rua e até mesmo um jogador de futebol. "Não temos qualquer restrição de idade, e o mais importante é ser extrovertido, ter facilidade para lidar com o público", afirma. A disponibilidade de horário é fundamental, pois os shows são durante a noite e o trabalho vai até a madrugada.

Carolina Sereneski de Li­ma, 25, participou do processo seletivo ontem. A bióloga, que acabou de terminar o mestrado, já trabalhou no Cirque du Soleil em 2009, como atendente de caixa em Curitiba, e como gerente de bar no Rio de Janeiro. Ela explica o que a motivou a se inscrever: "é uma experiência muito interessante trabalhar no Cirque, ter contato com artistas, ainda mais que o circo é mundial".

Assim como Carolina, os candidatos que se inscreveram para as vagas têm outras motivações, além do salário. Daniel de Oliveira Lins, 29, está esperando uma oportunidade de trabalho na sua área, de estoque e logística, mas, enquanto ela não aparece, vai tentar a vaga porque é temporária e perto da sua casa. Mayara Cristina Galdino Ribeiro, 18, está fascinada pelo universo circense. "Quem não quer ver todos aqueles artistas de perto, conviver um tempo com eles, e conhecer mais o circo?"

Segundo Jussara, na última seleção do Cirque em Curitiba o nível de preparação dos candidatos chamou a atenção. "A cidade teve um dos melhores perfis de profissionais, com um alto nível de capacitação", diz.

O malabarista Lauro Mon­teiro foi um dos selecionados na última edição. Ele trabalha com circo há oito anos e viu na seleção a oportunidade para se aproximar do grupo. "Eu me inscrevi como garçom, mas costumava ficar brincando de fazer malabares e assim fui chamado para trabalhar na loja oficial, promovendo os produtos", conta. "Apesar da remuneração não ser tão alta, a experiência é muito boa, muito divertida", completa.

Curitiba também é fonte de artistas para o Cirque du Soleil. Eliezer Vander Brock, o palhaço Wilson, já participou de um processo seletivo para artistas e foi aprovado. Ele agora faz parte do casting, uma espécie de banco de talentos com pessoas de todo o mundo. "A avaliação é longa e criteriosa, mas a interação com outros palhaços e artistas torna tudo mais divertido", comenta. Além de Eliezer, Felipe Ternes, o palhaço Sarrafo, foi aprovado na mesma seleção.

Colaborou Rayani Mariano

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