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Mobilidade

A nova cara do Windows de mão: mais pop, mais bonito e competitivo

Steve Ballmer, no lançamento dos aparelhos que chegam às lojas europeias na quinta-feira: quatro fabricantes aderiram | Emmanuel Dunand/AFP
Steve Ballmer, no lançamento dos aparelhos que chegam às lojas europeias na quinta-feira: quatro fabricantes aderiram (Foto: Emmanuel Dunand/AFP)
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LG Quantum: reconhecimento de voz

Veja algumas das funcionalidades que aparecem no Windows Phone 7 |

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Veja algumas das funcionalidades que aparecem no Windows Phone 7

Conhecido ele já era: a Microsoft vinha revelando em "pílulas" o que haveria de novo Win­­dows Phone 7, sistema operacional para smartphones, desde fevereiro. Na semana passada ele foi revelado por inteiro, assim como os primeiros modelos a incluí-lo e a agenda de lançamento – na quinta-feira o WP7 de­­sem­­barca na Ásia e na Europa Ocidental, e em 8 de no­­vembro estreia no mercado americano. Seus principais atrativos? Uma plataforma capaz de seduzir usuários que querem integração com outros dispositivos e a possibilidade de (finalmente) concorrer de igual para igual com o Apple iPhone.

De cara, nove aparelhos terão o novo Windows de mão instalado. O portfolio (um aparelho da Dell, dois da LG, dois da Samsung e quatro da taiwanesa HTC, a marca que mais apostou no sistema da MS desde a versão anterior, a 6.5) foi apresentado pelo presidente da Microsoft, Steve Ballmer, na se­­gunda-feira passada. Por enquanto, não há previsão de lançamento de nenhum deles no Brasil.

O sistema operacional para portáteis ganhou uma aparência mais pop. Em gerações anteriores, a companhia apostou em designs que lembravam o Windows para desktops – talvez para passar aos usuários a mesma confiabilidade de que a marca já desfrutava em outros ambientes. Nesse meio-tempo, concorrentes como a Ap­­ple e o Google trouxeram para os smart­­phones aplicações mais ligadas ao entretenimento, colocaram nas telas de abertura widgets personalizáveis e transformaram os aparelhos em ponto de partida para relacionar-se com as redes sociais. Com essa avalanche de novidades, o velho Windows ficou tão bem colocado quanto um boneco de neve estaria em uma praia carioca – e a sua participação no mercado começou a derreter.

A "porta de entrada" do WP7 é uma tela que inclui ícones que levam aos hubs de atividades, divididas em áreas como "pessoas", "música e vídeo", "fotos", "games" e "Office" (além de "mensagens" e "telefone", aplicações ultrapassadas que os usuários teimam em usar de vez em quando). A área de pessoas, por exemplo, inclui os contatos de telefone, e-mail e as redes sociais, com destaque para os onipresentes Twitter e Face­book. Novas aplicações poderão ser baixadas a partir do Market­place, um outro hub.

A integração com a rede Xbox Live é outra novidade, e vem chamando a atenção dos aficcionados por games. Essa integração vai permitir, por exemplo, que a pontuação obtida pelo usuário em joguinhos para celular seja incluída no escore da rede. E a empresa aposta na criação de bons títulos feitos especialmente para a plataforma móvel – coisa que vem ocorrendo no caso do iPhone. A Electronic Arts foi uma das primeiras produtoras de jogos a anunciar o de­­senvolvimento para essa plataforma, e confirmou versões WP7 de Need dor Speed e The Sims 3. Uma lista de ga­­mes que virão por aí inclui Flowerz, Guitar Hero 5 e Fast & Furious 7.

A força maior do WP7, en­­tretanto, deve vir do escritório. Os aparelhos ro­­dam com facilidade e eficiência ar­­quivos do Office, tan­­to para exibição quanto para edição. Há ainda sincronização com os serviços Micro­­soft na nu­­vem e o suporte ao Outlook, o que deve fazer do Windows Phone 7 uma opção impor­tan­­te para executivos.

No Brasil, o sucesso da pla­­taforma vai depender do fator de sempre: o preço. Até agora não foram divulgadas estimativas de quanto custarão os aparelhos quando forem lançados por aqui. Dadas as características dos aparelhos – todos com processadores rápidos, como o Qualcomm Snapdra­gon de 1 gigahertz –, eles devem chegar com preços semelhantes aos do iPhone 4. Ou seja: os smartphones mais baratinhos da Nokia e concorrentes rodando Android devem continuar dominando o mercado nacional.

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