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NOVIDADE | Mauro Campos
NOVIDADE| Foto: Mauro Campos

Velocidade

Um desempenho 62% acima de seus antecessores de núcleo duplo foi apresentado pelo Opteron Quad Core. Em comparação com os chips de quatro núcleos da Intel, ele se mostrou 26% superior.

O cheiro de esperança estava em todo lugar no fim da tarde do dia 10 de setembro, na sede da Lucasfilm (de George Lucas) em San Francisco, quando os convidados para o lançamento do novo Opteron 64 Quad Core da AMD (o microchip que era conhecido pelo codinome Barcelona até então) chegavam e eram recebidos por ninguém menos que Chewbacca e Darth Vader, personagens da série Star Wars. Impossível não lembrar que o primeiro filme lançado na saga da família Skywalker se chamava Uma Nova Esperança – e associar tal lembrança à situação da AMD, que, após oferecer forte competição à Intel, levou umas bordoadas da rival gigante nos últimos anos, perdeu mercado recentemente e desenvolveu o Barcelona de quatro núcleos, ou "cérebros", para tentar dar a volta por cima.

"A idéia do Barcelona já estava traçada desde 2003 e está centrada no uso de estruturas de hardware e software, turbinando ambientes virtualizados e controlando o consumo de energia", afirmou o executivo-chefe da AMD, Hector Ruiz. Este primeiro quad core da empresa é voltado para coisas pesadas e alta performance com baixo consumo de energia, permitindo gerenciar com mais comodidade a informática corporativa. Mas, como tudo no mundo tecnológico, ele é a base do Phenom, que virá no fim do ano e turbinará os desktops convencionais. Com quatro cérebros, eles poderão fazer muito mais coisas ao mesmo tempo.

"O processador de quatro núcleos trabalha melhor com vídeo em alta definição, codificando e decodificando mais velozmente muitos dados", explica a diretora de soluções comerciais da AMD, Margaret Lewis. "Se por um lado ele, com uma tecnologia inteligente de tabelas, permite o rápido acesso a diferentes programas e aplicativos, por outro, ao privilegiar a memória e criar um esquema adaptável aos grandes fabricantes de software, permite consultas mais rápidas em ferramentas de busca, trabalha melhor em games e deixa o usuário ser mais ‘multitarefa’."

A indústria estava em peso na festa na Lucasfilm. Steve Ballmer, o hoje todo-poderoso da Microsoft, mandou um vídeo especial para a ocasião e disse que o novo Opteron 64 de quatro cabeças vai melhorar os ambientes de trabalho. "Haverá mais espaço para e-mails e as buscas no sistema serão melhores", disse.

Jonathan Schwartz, diretor executivo da Sun Microsystems, também deu seu apoio ao novo processador, lembrando que a parceria com a AMD levou a Sun a uma movimentação financeira de US$ 1 bilhão nos últimos sete trimestres. Outros pesos-pesados, como Oracle, IBM, VMware e Dell marcaram presença.

Segundo a AMD, o Barcelona foi criado originalmente para ser um quad core, enquanto os chips de núcleo quádruplo da concorrente nada mais são do que a junção de duplas de dual cores. Outra coisa: o processador tem três caches (três memórias de acesso rápido), sendo uma compartilhada, para as horas de carga pesada. E seus núcleos podem se desligar automaticamente – e independentemente – quando não são solicitados.

Briga

Era de se esperar que a AMD batesse forte na Intel, sua maior rival (que detém mais de 80% do mercado de processadores). Mas quem atacou muito a empresa do Pentium e do Centrino foi o anfitrião da festa, Rick McCallum, produtor-chefe da Lucasfilm. Depois de anunciar que o estúdio – que usou a tecnologia AMD em vários filmes de ação, inclusive Transformers – fará parceria com a empresa para desenvolver mais conteúdos digitais, McCallum disse que o pessoal de Hector Ruiz sempre busca cérebros inovadores e sentenciou: "A Intel é o lado negro da Força. Passei meses tentando falar com eles sobre servidores, só para ouvir a resposta ‘olha, não somos prestadores de serviços’".

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