Destaques
Veja alguns dos temas que apareceram no último dia da Expomoney em Curitiba.
Comportamento
Os termos psicológicos invadiram o noticiário econômico após a crise financeira. Essa foi a reflexão que o painel "Investimentos e Decisões" trouxe para a Expomoney. O encontro foi mediado por Fabiano Calil, e contou com a participação de Augusto Sabóia e Márcia Tolotti. Para os palestrantes, o medo e a ansiedade caracterizam o cenário financeiro atual. "A frustração no mercado financeiro é perigosa, porque você pode investir em um momento ruim e depois se arrepender", disse Sabóia.
Planos
Em uma conversa com a reportagem, a diretora de Relações com Investidores do grupo Triunfo, Ana Cristina Carvalho, disse que não há interesse em investir em Paranaguá. "Pela proximidade, faria concorrência direta com Navegantes." A Triunfo controla o terminal portuário de contêineres Portonave, em Navegantes (SC). No setor portuário, a empresa pretende investir no Porto de Santos, com empreendimento semelhante ao de Santa Catarina.
Começo na bolsa
Aos navegantes de primeira viagem no mundo das ações, o consultor financeiro da Link Trade André Daniel Hayashi aconselha a começar com pouco sem se preocupar com as oscilações. "Depois, com um montante maior, é bom arranjar alguém para ajudar a controlar o risco da carteira", diz. "Isso de ficar rico da noite para o dia não existe; o que existe é consistência", afirma.
A fórmula de sucesso para qualquer investidor interessado em construir e multiplicar sua riqueza está diretamente relacionada à sua disposição em aplicar em suas áreas de interesse e em aprender tudo sobre elas. A constatação é do consultor financeiro Gustavo Cerbasi, autor de quase uma dezena de livros sobre finanças pessoais, em palestra realizada ontem, durante a Expomoney, em Curitiba."Sempre me perguntam qual o melhor tipo de investimento. A resposta é: aquele em que você se sinta bem aprendendo sobre ele. É possível fazer bons negócios apenas com boas informações e isso vale tanto para o mercado de ações quanto para o de commodities, compra e venda de gado ou de imóveis. A lógica é a mesma", explica.
Para Cerbasi, investir não é muito diferente do que trabalhar em qualquer outra profissão. Ou seja, ganha mais dinheiro quem é mais atuante, dedica mais tempo, informa-se e reinveste. "Infelizmente, para se tornar um investidor é preciso ter um mínimo de recursos. Para isso, é preciso começar de alguma forma, nem que seja com um projeto de poupança simples. Com R$ 1 mil por mês já é possível investir em fundos, com R$ 100 por mês dá para colocar na poupança e com R$ 30 por mês dá para guardar em casa no cofre de porquinho", orienta.
Regra dos 80
E para quem já tem uma carteira de investimentos, Cerbasi recomenda a chamada "Regra dos 80", segundo a qual o investidor deve subtrair sua idade atual do número 80; o resultado expressa o porcentual de renda variável recomendado para sua carteira. Assim, um investidor de 25 anos, por exemplo , deve investir 55% em renda variável e o restante em renda fixa, como garantia.
Segundo ele, esse tipo de estratégia permite criar uma reserva de liquidez, que pode ser um fator fundamental para aproveitar as oportunidades de um movimento de baixa na bolsa.
Mas, para o consultor, a renda variável deve ganhar uma importância cada vez maior na estratégia dos investidores brasileiros. "Numa economia saudável a renda fixa não gera riquezas. É inevitável que no Brasil as pessoas migrem cada vez mais para a renda variável, que é aquilo que cresce na economia, participando da riqueza do país"
Colaboraram Carla Bueno Comarella e Daniel Castro
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Serviço:
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