
Vários boatos antecederam o negócio, mas somente na quinta-feira a Palm, fabricante de celulares e computadores de mão, foi vendida à HP, em um negócio estimado em US$ 1,2 bilhão. Entre os nomes aventados antes como possíveis compradores estavam as orientais HTC e Lenovo.
A transação poderá trazer bons resultados para a HP, que é a maior fabricante de PCs do mundo, mas não vinha conseguindo crescer no segmento de smartphones. Com a aquisição, ela passa a ser dona de um produto que é sucesso de crítica o Palm Pre e de um sistema operacional promissor, o WebOS. A nota divulgada pela companhia depois da operação confirma essa expectativa. "A combinação entre a escala global e a força financeira da HP com o WebOS da Palm deve melhorar a capacidade da HP de participar mais agressivamente do mercado dos dispositivos móveis", afirma o documento.
A avaliação de profissionais do mercado segue a mesma lógica. "A HP oferece uma gama bem ampla de soluções: serviços profissionais, servidores, desktops, notebooks e impressoras, equipamentos de rede e segurança. Agora, com a aquisição da Palm, a HP também oferece mobilidade", diz o analista João Paulo Bruder, da consultoria IDC.
O atual executivo-chefe da Palm, Jon Rubinstein, deve continuar no comando da divisão. Para a empresa incorporada, o negócio representa uma solução para uma companhia que colocou-se à venda depois que ficou claro que os consumidores não responderiam aos seus novos lançamentos. Os analistas observam que a capacidade financeira da HP e seus acordos de distribuição com o varejo podem dar novo fôlego à Palm.
Tanto HP quanto Palm parecem ter ficado de fora da explosão de vendas dos smartphones, apesar de estarem presentes nesse mercado há tempos. Ambas tinham produtos conhecidos no segmento de handhelds computadores de mão que foram os sucessores das antigas agendas eletrônicas de compromissos. Quando os smartphones ganharam popularidade, num movimento liderado pela Apple e pela Research in Motion (fabricante do BlackBerry), elas demoraram a reagir. A HP vende uma versão "celular" de seu handheld iPaq desde 2007, mas a maioria dos consumidores não a conhece porque ele é destinado principalmente ao segmento corporativo. Em 2007, as vendas somaram US$ 531 milhões, mas no ano passado haviam caído para US$ 172 milhões. Esses números fizeram acender ma luz vermelha na empresa, já que espera-se que as vendas anuais de smartphones que hoje empatam com as de notebooks irão superar o total de PCs em 2012.
Enquanto discutiam a aquisição a Palm, executivos da HP perceberam que esse crescimento justificava um movimento mais ousado e arriscado. "A atratividade do mercado de smartphones está nos impulsionando", disse ao The New York Times o vice-presidente do grupo de sistemas pessoais da HP, Todd Bradley. A Palm teve no ano passado 5% das vendas de smartphones nos Estados Unidos com os modelos Pre e Pixi.
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