O Rio Grande do Sul está apostando pesado em novas plantações de eucalipto para a produção de celulose e papel, com investimentos da sueco-finlandesa Stora Enso e da Votorantim Celulose e Papel. Enquanto isso, o Paraná desenvolve técnicas para aproveitar mais a espécie. Antes rejeitada como matéria-prima para móveis e compensados, agora a madeira do eucalipto ganhou novas tecnologias de secagem e serragem que permitem outros usos. É assim que a dinamarquesa ScanCom está lucrando em Telêmaco Borba, na região dos Campos Gerais. O principal destino é o Vietnã, onde a empresa produz os móveis que vende para toda a Europa.

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Preços reagem

Novas plantações de floresta no Paraná são limitadas pela pressão ambiental sobre os órgãos de fiscalização. Essa foi uma das conclusões de congresso das empresas de madeira sólida realizado recentemente em Curitiba. De qualquer forma, o Paraná tem 793 mil hectares de floresta plantada, o maior estoque da Região Sul. O setor comemora uma leve recuperação da crise de rentabilidade que já dura dois anos. Os preços da madeira no mercado americano estão em recuperação.

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Temporada de compras

Com a dificuldade para plantar, fica mais fácil expandir operações comprando florestas já maduras, como fez a chilena Arauco. A controladora da antiga Placas do Paraná negocia com a Stora Enso (ex-Inpacel) a compra de até 20 mil hectares de floresta e serraria. Depois de fechar o negócio, a Arauco pode vir a ser fornecedora de madeira serrada para a fábrica de papel da Stora em Arapoti (Norte Pioneiro).

Café para hotel

A fabricante de cafés especiais Ferroni, de Ribeirão do Pinhal (no Norte Pioneiro), já assinou contrato: vai servir os hóspedes dos três hotéis da rede Mabu no Paraná (Royal & Premium e Parque Resort, em Curitiba, e Mabu Thermas & Resort, em Foz do Iguaçu). O produtor, Luiz Henrique Ferroni, investiu R$ 2 milhões em laboratórios, equipamentos, armazenagem e no treinamento dos 500 funcionários para fabricar duas qualidades de café, gourmet e especial, que chegam a custar R$ 40 o quilo.

Para exportação

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Atualmente a Café Ferroni vende as duas qualidades do produto apenas para o mercado interno. E vai muito bem. As vendas vem crescendo 10% ao ano — porcentual bem superior ao registrado pelos cafés tradicionais, cujo incremento tem ficado em 1%. Mas o empresário já estuda a possibilidade de exportar os produtos.

ZHZ para pequenos

A empresa curitibana ZHZ Consultores está comemorando três anos de atividades com foco num segmento especial: escritórios de advocacia e clínicas de saúde que nascem pequenas, da iniciativa de profissionais que atuam praticamente sós, mas vão agregando parceiros e funcionários, e ganham porte em pouco tempo. É nesse momento que as sócias Arlete Zagonel e Susane Zanetti — que trabalham há mais de 20 anos com avaliação, desenvolvimento e planejamento de carreira — entram em ação para organizar e profissionalizar a gestão de pessoal.

Fusão não assusta

O presidente da Vivo, Roberto Lima, não teme os efeitos no Paraná da possível compra da TIM pela Claro, dada como certa pelo mercado. Mesmo admitindo que a operadora italiana tem a liderança no estado, Lima garante que a Vivo tem o melhor sinal. "Ainda não conseguimos mudar a percepção do cliente, mas vamos continuar investindo para ter um serviço cada vez melhor", explicou. No fim das contas, a fusão das duas operadoras não deve interferir na imagem da Vivo, nem aqui, nem no resto do país, diz seu presidente. "Temos a característica de líder e isso não se perde com a mudança no market share. Quem manda é o consumidor final."

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Coleção de prêmios

O ParkShopping Barigüi é a única empresa premiada com dois Top de Marketing pela Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB) no Paraná, nesta edição 2006. Os cases premiados são o de posicionamento da marca — "Aqui tudo é pensado para você" — e a mudança de horário. Em ambos o foco é o bem-estar e a comodidade dos clientes. O novo horário de funcionamento – das 11 h às 23 h – fez dobrar o tráfego de veículos entre as 22 h e 23 h. Nos três anos de existência, o ParkShopping Barigüi — empreendimento do grupo Multiplan, que administra 14 shoppings no país — soma três premiações.

Moinho novo

A companhia M.Dias Branco, fabricante de derivados de trigo, margarinas e gorduras vegetais, está estudando a possibilidade de instalar um moinho no Paraná. O estudo leva em conta a produção de trigo paranaense, a proximidade com o Porto de Paranaguá e a facilidade para atender três de um total de dez fábricas próprias no país: duas em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul. A decisão deve ser tomada no primeiro semestre de 2007. Em 2003, a M.Dias Branco aumentou sua presença no sul do país, ao adquirir a empresa Adria e a marca Isabela. A empresa tem 14% do mercado de massas, de acordo com a AC Nielsen.

Audi em São Paulo

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Com o encerramento da produção do modelo A3, o departamento de Comunicação Corporativa da Audi no Paraná está sendo desativado e transferido para São Paulo, onde já funciona o Marketing da montadora. Ainda assim, os investimentos em programas sociais e ambientais no Paraná estão confirmados para o ano que vem. "Isso já foi aprovado no plano para 2007", conta a gerente de Comunicação Corporativa da Audi do Brasil, Denise Revelk Cecatto. São dois projetos no estado: o de preservação do papagaio-da-cara-roxa, em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS) e o Programa de Educação pelo Esporte, em parceria com o Instituto Ayrton Senna. A verba para este último vem da Alemanha.