Aparelhos de GPS estão com o preço em queda e se popularizando| Foto: Reprodução/Globo Online

A educação mudou com a internet. E, muitas vezes, quem fica perdido é o professor. Como usar todos os recursos da rede a contento para satisfazer a sempre difícil platéia de estudantes? Isto é, platéia até a chegada do ciberespaço, porque agora se trata de uma comunidade muito mais participativa que nos anos pré-rede. O sociólogo Marco Silva, doutor em educação pela USP e autor do livro Sala de Aula Interativa, juntou-se ao físico e especialista em mídia digital Aroaldo Veneu para propor uma nova alternativa a esse dilema professoral: o curso "Como criar uma sala de aula interativa ou a pedagogia do parangolé", que está sendo montado na internet e vai estrear no começo do ano que vem.

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Mas por que parangolé? Marco Silva explica a referência à arte participativa de Hélio Oiticica na proposta: "O professor, até agora, seguia um modelo ‘televisão’, em que os alunos assistiam e ele passava a informação. Mas tela de computador e tela de tevê são dois paradigmas totalmente diferentes de comunicação. Hoje, a garotada sai da lan house e vai para a sala de aula. Os professores estão despreparados para o grau de comunicabilidade que os alunos adquiriram."

Assim como Oiticica quis transformar a fruição da arte em integração e participação, Marco e Aroaldo querem mostrar aos professores que eles precisam entrar nessa nova forma de cognição. "A geração anterior cresceu vendo tevê, operando o controle remoto. A de hoje tem uma tela em que pode mexer, que pode personalizar. É uma geração que vem da cibercultura, do Orkut, do MSN, mais inquieta, que quer interferir mais e perdeu a timidez", explica Silva.

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