O consumidor brasileiro não sabe quanto deixa para o Leão quando faz compras, e por isso não cobra do governo a boa utilização do dinheiro. Essa é a opinião de empresários e entidades que lançam, no dia 4 de abril, a campanha "De olho no imposto". A proposta é colher 1,5 milhão de assinaturas em todo o país em apoio a um projeto de lei de iniciativa popular que regulamenta o artigo 150 da Constituição, que por sua vez prevê a obrigatoriedade da apresentação na nota fiscal do total de imposto incidente sobre produtos e serviços. O valor varia entre 35% e 50% do preço final.

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"Em São Paulo, a campanha já conseguiu 700 mil assinaturas", diz Cláudio Slaviero, presidente da Associação Comercial do Paraná. "Paga-se muito mais imposto sobre o consumo do que sobre a renda ou o patrimônio", lembra o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Amaral.

Se passar na Câmara de Deputados e no Senado, a mudança vai assustar o consumidor que não tinha idéia de quanto paga ao governo. Um carro popular fica quase um terço mais caro com os impostos, e, a cada vez que o motorista abastece, metade do preço indicado na bomba é tributo. "É um projeto necessário, mas difícil de passar no Congresso", pondera o deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR).

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Serviço: Quem quiser participar do protesto pode procurar as entidades que colherão assinaturas a partir do dia 4 de abril ou imprimir o formulário no site www.deolhonoimposto.com.br, assinar e entregar na ACP (Rua XV de Novembro, 621, em Curitiba).