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Abastecimento em SP volta ao normal em até dez dias

Mesmo com o fim da paralisação de caminhoneiros, postos da Grande São Paulo devem continuar com falta de combustível nos próximos dias. Os sindicatos afirmam que a normalização do abastecimento pode demorar até dez dias. A categoria queria que a prefeitura de São Paulo liberasse o tráfego de caminhões na Marginal Tietê a qualquer hora do dia temporariamente, mas o pedido não foi acatado. De acordo com os sindicatos, isso poderia reduzir o tempo de normalização do abastecimento para cerca de três dias.

O protesto dos caminhoneiros ocorreu devido ao início das multas, na segunda-feira, aos caminhões que trafegarem na Marginal Tietê entre 5 e 9 horas e entre 17 e 22 horas, de segunda a sexta-feira, e das 10 às 14 horas aos sábados. A multa é de R$ 85,13 e acarretará acréscimo de quatro pontos na habilitação. O retorno ao trabalho ocorreu após decisão da Justiça que determinou ontem a retomada da distribuição de combustível. A multa diária pelo descumprimento da decisão é de R$ 1 milhão.

Com o desabastecimento de diversos postos, estabelecimentos que ainda tinham o produto aproveitaram para subir os preços na quarta-feira. Em um posto da zona norte da capital paulista, o valor da gasolina comum passou de R$ 2,79 o litro para R$ 4,49. A gasolina aditivada chegou a R$ 4,99. Os gerentes de nove postos de combustíveis foram presos em São Paulo sob suspeita de estarem vendendo álcool e gasolina a um preço muito acima do praticado anteriormente. Eles foram levados ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e devem responder por crime contra a economia popular. Os nove prestaram depoimento e foram liberados em seguida.

Minas Gerais

Os transportadores de combustíveis de Minas Gerais não saíram para coletar os derivados de petróleo ontem de manhã. Os postos estão sem abastecimento, embora essa medida ainda não tenha reflexos no comércio da região metropolitana de Belo Horizonte e no interior do estado.

"É um protesto por razões econômicas", disse José Geraldo de Castro, diretor do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas (Sindtanque-MG). Os transportadores querem que o estado volte com a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 12% para o diesel, como era até dezembro. Em janeiro deste ano, a alíquota subiu para 15%, por meio de decreto do governo ratificado pela Assembleia Legislativa mineira. Eles alegam que, além do aumento dos custos com a medida, estão perdendo clientes em várias cidades mais próximas das divisas com outros estados, onde o ICMS do diesel é de 12%. A Secretaria de Estado da Fazenda ainda não se pronunciou sobre a paralisação.

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