Na viagem que farão à China, integrando a comitiva da presidenta Dilma Rousseff, na próxima sexta-feira (8), representantes dos setores de infraestrutura pretendem atrair investimentos de longo prazo para o setor de infraestrutura. "Precisamos complementar recursos de longo prazo para investir em infraestrutura. Estamos investindo hoje R$ 120 bilhões por ano na infraestrutura e precisamos investir R$ 160 bilhões ou R$ 170 bilhões. O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] tem um limite de ação de financiamento na infraestrutura. Então precisamos criar poupança interna e capturar funding externo", disse Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), que estará na viagem presidencial.

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Outro assunto que está em pauta é a relação comercial entre os dois países que, segundo Godoy, precisa entrar em equilíbrio. "Não é uma tarefa fácil porque, hoje, o Brasil tem uma pauta de exportação para a China lastreada nas commodities. A China, por outro lado, tem uma pauta de exportação para o Brasil de manufaturados. Então, é preciso equilibrar isso, ter uma política de longo prazo que leve a dar uma equilibrada nessa diferenciação das pautas de exportação", afirmou.

Para Godoy, o Brasil precisa estabelecer e fazer funcionar os mecanismos de defesa comercial para evitar que produtos chineses com preços artificialmente baixos entrem no país por meio da triangulação com outros países ou por meio da maquiagem de produtos.

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