A atuação expressiva do Banco Central, tanto no mercado à vista quanto no futuro, não evitou que a taxa de câmbio cedesse de novo, ainda que levemente. O giro financeiro se estreitou, na véspera do feriado do aniversário de São Paulo, que deve fechar boa parte do mercado. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,672, em queda de 0,05%, após oscilar entre R$ 1,681 e R$ 1,670 ao longo do dia. O BC vendeu ontem 20 mil contratos de swap cambial reverso aos agentes financeiros, numa operação de US$ 988 milhões, por volta das 12 horas. Esses títulos equivalem a compras de dólar no mercado futuro. A autoridade monetária também comprou dólares no segmento à vista, em dois horários: perto das 11h40 e às 15h30. No caso desses leilões, não é revelado imediatamente o volume financeiro. Amanhã, o BC abre os números de suas intervenções diárias, porém com uma semana de atraso.
Analistas têm chamado a atenção para a forte pressão de entrada de recursos externos nos últimos dias. Na semana passada, por exemplo, a Petrobras anunciou a captação de US$ 6 bilhões no mercado internacional; ontem, o banco Davcoval notificou outros US$ 300 milhões, parte de uma operação total de US$ 2 bilhões.
A proximidade do feriado paulistano ajudou a esvaziar a Bovespa, que teve um giro de negócios que mal atingiu R$ 4 bilhões. A bolsa encerrou o pregão em terreno positivo, na sequência de três dias consecutivos de perdas, puxada pelos papéis do setor bancário, bastante "castigados" na semana passada. O Ibovespa subiu 0,42% no fechamento, aos 69.426 pontos. As ações da Vale, que subiram entre 0,4% e 0,6%, e os papéis do setor bancário, que valorizaram entre 0,7% e 1,5%, ajudaram a bolsa a recuperar terreno. Após o feriado, o mercado deve ter dias nervosos, com uma agenda econômica bastante carregada, tendo por destaque a ata do Copom, relativa à reunião da semana passada.