Dos 310 mil empregos formais no Oeste, 17% são gerados pela cadeia produtiva agroalimentar| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

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Com 54 municípios, o Oeste paranaense tem o agronegócio como carro-chefe da economia. Em 2013, os principais municípios da região exportaram o equivalente a US$ 1,4 bilhão, 11% a mais do que em 2012. No Paraná, as exportações subiram 3% e, no Brasil, houve queda em 2013, de 0,16%, em relação a 2012. O setor que mais exporta na região é o da avicultura. Também participam do Programa Oeste em Desenvolvimento a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Associação dos Municípios do Paraná (Amop), Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Sebrae e universidades.

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Com cerca de 1,3 milhão de habitantes, a região Oeste exibe grande potencial econômico na produção de frango, suíno, leite e peixe. Esses quatro segmentos são o foco do Programa Oeste em Desenvolvimento, lançado por empresas e associações com o objetivo de acelerar o crescimento da região.

O programa, que tem como base um diagnóstico feito pela Itaipu Binacional e entidades parceiras, traz uma metodologia inovadora para multiplicar oportunidades de renda e emprego. Segundo o coordenador do Sistema de Gestão de Sustentabilidade da Itaipu, Herlon Almeida, os quatro segmentos são os que têm hoje mais condições de levar produtos e serviços para fora do território e trazer recursos e empregos, além de serem os que mais geram faturamento para região e postos de trabalho.

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Câmaras técnicas estão sendo formadas, com representantes de diversas instituições e empresas que atuam nas cadeias, para identificar gargalos e entraves. Em um segundo momento, serão procuradas soluções para os setores. O objetivo é buscar a convergência entre instituições. "Nossa região é de alto cooperativismo e baixa cooperação", diz Almeida.

Outras cadeias de impacto na região são a indústria metal-mecânica e de material para transporte, a agroalimentar de base vegetal (com ênfase na produção de grãos e amido para a alimentação humana), a indústria farmacêutica, a produção de software, a fabricação de moda-bebê, na região de Terra Roxa, e o turismo, em Foz do Iguaçu.

Conforme o estudo, dos cerca de 310 mil empregos formais em 37 mil estabelecimentos do Oeste, mais de 51 mil, ou seja, 17%, são provenientes da cadeia produtiva agroalimentar. Outros 4 mil são gerados pela cadeia produtiva farmacêutica e 3 mil pela cadeia material de transporte. A cadeia do turismo gera cerca de 9 mil empregos.

Integração

O presidente do Conselho Consultivo da Coordenadoria das Associações Comerciais do Oeste do Paraná (Caciopar), Mário Cesar Costenaro, diz que o programa é importante porque não é excludente e propicia a participação de empresas e instituições. "Agora partimos para um novo direcionamento", reforça.

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Alguns gargalos econômicos da região serão trabalhados na etapa de estudos das cadeias. A logística e infraestrutura são uns dos principais, na avaliação de Costenaro, que defende modais de transporte mais eficientes, como ferrovias.

Para Augusto Cesar Stein, da regional Oeste do Sebrae, além do problema de infraestrutura e logística, comum a várias cadeias, há gargalos específicos de cada setor econômico que serão trabalhados pelas câmaras técnicas. Stein também cita pesquisa, tecnologia, dificuldade de acesso a créditos e falta de políticas públicas como outras barreiras para o desenvolvimento econômico da região.