Veículos de comunicação do Paraná vão veicular, em breve, uma campanha de valorização do impresso. Os anúncios vão reforçar, ao mercado e aos leitores, a importância do jornal. Essa é uma das ações que serão desencadeadas pela nova presidente do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado do Paraná (Sindejor-PR), Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, diretora da Unidade de Negócios Jornais da Gazeta do Povo.
Terceira pessoa a comandar a entidade, criada em 1979, ela disse ontem, na posse, que seu objetivo é tornar o sindicato atuante, o que deve atrair mais empresas. Hoje, são 26 associados. Antes de Ana Amélia, foram presidentes Abdo Kudri e Paulo Pimentel. Ela deve ficar na função até 2014. A presidente se comprometeu a conhecer os anseios dos associados e manter as empresas informadas das discussões sobre o futuro dos jornais. De acordo com ela, também as pequenas empresas precisam estar atentas, mesmo que as tendências ainda estejam longe de suas realidades.
Os empresários que participaram da posse pediram que o Sindejor tome uma atitude em relação aos pequenos jornais, irregulares, que proliferam e concorrem de forma desleal com os veículos formalizados na atração de anúncios. Ana Amélia afirmou que serão avaliadas medidas possíveis e que o sindicato vai recomendar, oficialmente, que órgãos públicos não anunciem em veículos que não tenham jornalista responsável, documentação em dia e um período mínimo de circulação.
Tendências
Já colocando em prática uma das metas da nova direção, que é manter os associados informados sobre as discussões que envolvem o jornal impresso, Ana Amélia apontou alguns temas que são tratados nos encontros da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Segundo ela, o mais importante é que as empresas pensem e se posicionem como multiplataforma e não só como veículo impresso. E isso não deve ser deixado de lado, completa, apesar de entender que para as pequenas empresas essa é uma realidade ainda distante.
Cada plataforma tem suas características e merece um tratamento, mas Ana Amélia sugeriu que as empresas mantenham a mesma marca usada no impresso porque assim uma plataforma ajuda a outra a crescer. Além disso, a personalidade deve ser a mesma nas diferentes plataformas.
Para que esse processo de estar em vários locais dê certo, apontou a presidente do Sindejor, é importante também que haja integração na produção de conteúdo e na venda de publicidade. Isso exige, de acordo com ela, a participação dos profissionais que trabalham no veículo de comunicação e das agências de publicidade.
Ser multiplataforma é estar no impresso, internet, tablets e mobile. A internet, que já é uma realidade há alguns anos, apresenta o desafio de equilibrar geração de audiência com cobrança de conteúdo. A ANJ, lembrou Ana Amélia, sugere que as empresas analisem com atenção o caso do New York Times, que conseguiu resolver essa equação. Depois de um estudo minucioso da sua audiência no online, passou a cobrar a partir de determinado número de acessos. Não houve perda de audiência e o veículo ainda ganhou receita.
Os tablets, explicou a presidente, não podem ser deixados de lado, apesar do seu alto custo. Eles servem para ocupar posição, ampliar a audiência e atrair anúncios multiplataforma, completou Ana Amélia. O mobile tem características semelhantes e ainda, em função da agilidade, auxilia na prestação de serviços.
O jornal impresso, no seu formato tradicional, também pode atrair leitores, de acordo com a presidente do Sindejor. Para ela, é importante a realização de eventos presenciais regionais, o desenvolvimento de projetos especiais e produtos dirigidos, como revistas, e a necessidade da criação de um novo modelo de negócios.
Federação nacional
No último dia 7, André Luiz Jungblut, do Rio Grande do Sul, assumiu a presidência da Federação Nacional de Empresas de Jornais e Revistas (Fenajore), até então presidida por Paulo Pimentel.
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