Pelo menos 10,7% das famílias maringaenses estavam endividadas em junho deste ano. É o que aponta levantamento divulgado nesta sexta-feira (2) pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). Segundo a pesquisa da entidade, a principal causa das dívidas é a falta de controle nos gastos.
De acordo com o Departamento de Pesquisa e Estatística da ACIM (Depea), somente em junho, 58% das famílias alegaram que os gastos imprevistos foram os responsáveis pela situação de endividamento, seguido por compras descontroladas (15%), perda do emprego (13%) e diminuição da renda (12%).
Segundo o economista responsável pelo levantamento, Joílson Dias, os gastos incompatíveis com a renda representam 73% dos consumidores com contas em atraso. "A origem deste problema é que os nossos consumidores não sabem administrar financeiramente seu orçamento. As famílias aprendem na prática, ou seja, comprando mais que deveriam e arcando, depois, com as consequências", explicou.
O levantamento indica que o valor médio das prestações das famílias maringaenses é de aproximadamente R$ 590 para uma renda média de R$ 3.480. Ou seja, cerca de 17% do orçamento familiar está comprometido com prestação de compras.
Na opinião de dias, as compras via crédito acabam gerando frustração na economia. Além disso, existe uma grande quantidade de consumidores com acesso a crédito e sem conhecimento educacional de como usá-lo.
"O problema do endividamento via crédito é que, passado o período inicial da satisfação com as compras antecipadas, vem a percepção de que o endividamento é de longo prazo, e que demandará mudanças no comportamento para honrar compromissos."
Endividamento em alta
Apesar da quantidade de famílias com contas em atraso se manter estável neste primeiro semestre - em torno de 10% -, o número de pessoas com dívidas há mais de três meses subiu de 3% em fevereiro para 5% em junho. "Sinaliza que a inadimplência vem crescendo. Consequentemente, o percentual de pessoas com restrição de crédito cresceu na mesma proporção", ressaltou Dias.
O levantamento foi realizado no mês de junho, ouvindo mais de 600 representantes de famílias de Maringá. As entrevistas foram aleatórias, respeitando a proporcionalidade na distribuição de bairros e renda familiar.
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