O grupo francês Carrefour está sendo pressionado por grandes acionistas para deixar mercados emergentes, como a China e o Brasil, publicou o jornal Le Monde em uma prévia da edição de terça-feira.
A Colony Capital e o dono do grupo de produtos de luxo LVMH, Bernard Arnault, têm tentado por várias semanas persuadir a gestão do Carrefour a tomar a medida até o final do ano, segundo a publicação.
A pressão surge após uma queda de quase 30 por cento no valor da ação do Carrefour desde que os acionistas entraram em 2007, afirma o Le Monde. Eles detêm cerca de 13,5 por cento da empresa.
Contudo, o jornal também citou o diretor europeu da Colony, Sebastien Bazin, dizendo que as relações com o presidente-executivo do Carrefour, Lars Olofsson, estavam "excelentes" e que ele tem até 2012 para implementar um plano de reestruturação do grupo.
"Estamos em um plano de quatro anos, temos até 2012, temos tempo", afirmou Olofsson à publicação.
O executivo, que assumiu em janeiro o controle da segunda maior rede de varejo do mundo depois do Wal-Mart, revelou um plano em junho para economizar 4,5 bilhões de euros (6,6 bilhões de dólares) até 2012 com o corte de custos operacionais, melhores condições de compra e redução dos tempos de estoque para impulsionar os lucros.
O Carrefour informou ainda neste mês que países como Brasil, Índia, China e Rússia figuram entre as prioridades para expansão no longo prazo.
O grupo não comentou imediatamente a notícia publicada no Le Monde nesta segunda-feira. Porta-vozes da Colony e de Arnault não estavam disponíveis para comentar o assunto.
Segundo o site do Carrefour, os acionistas detém 10,7 por cento da empresa por meio da Blue Capital, 2,15 por cento através da Colony Blue Investor e 0,7 por cento pelo Groupe Arnault.
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