O movimento de alta da moeda americana, dizem operadores, refletiu as indefinições na equipe econômica do governo| Foto: Carlos Severo/Fotos Públicas.

Papéis da Petrobras e de bancos puxaram o principal índice da Bolsa brasileira para baixo nesta segunda-feira (3), em um dia marcado pelo baixo volume de negócios. O Ibovespa encerrou o primeiro pregão de novembro com perda de 1,25%, aos 53.947 pontos.

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As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras caíram 2,81%, para R$ 14,85 cada uma. Entre os bancos, o Banco do Brasil teve perda de 1,30%, enquanto o Bradesco viu seu papel preferencial ceder 1,23% e o Itaú Unibanco registrou desvalorização de 0,41%.

"As especulações em torno dos nomes para assumir a Fazenda repercutiram entre os investidores, que estão esperando um ministro com mais autonomia, sem ceder a pressões da presidente", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos. "Um nome de mercado tiraria um pouco esse medo, como o Trabuco, que já descartou assumir o cargo. Enquanto há indefinição da equipe, os investidores ficam com o pé atrás".

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Câmbio

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou a segunda-feira com valorização de 1,32% sobre o real, cotado em R$ 2,50 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,88%, também a R$ 2,50.

O movimento de alta da moeda americana, dizem operadores, refletiu as indefinições na equipe econômica do governo para os próximos quatro anos e a maior procura por aplicações consideradas mais seguras, como o câmbio, por parte dos investidores.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,5 milhões.

A autoridade ainda não anunciou se pretende rolar os vencimentos de contratos previstos para dezembro. O lote com prazo para o próximo mês chega a cerca de US$ 9,8 bilhões.

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