A prisão do empresário Eike Batista na chegada ao Rio a partir de Nova York, nesta segunda-feira (30) está afetando as ações das empresas nas quais ele têm participação. A maior queda ocorre nos papéis da OSX (construção naval), de R$ 6,19%, para R$ 13,62. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da mineradora MMX recuavam 2,93%, para R$ 5,29. Já as ações da OGPAR (antiga OGX, de petróleo) se mantêm perto da estabilidade, com variação de 0,22%, a R$ 4,47.
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As três companhias estão em processo de recuperação judicial e todas fizeram parte do que um dia foi conhecido como “Império X”.
Para o analista da Ativa Investimentos Phillip Soares, a prisão de Eike não tem maior impacto na queda da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa): “Hoje, as empresas X têm participação muito pequena no mercado, não há muito influência no Ibovespa”.
Antigo Império X
OGX (atual OGPAR)
Menina dos olhos de Eike, a petrolífera era a âncora dos negócios do grupo. Pediu recuperação judicial em 2013, com dívida superior a R$ 11 bilhões. Hoje é controlada pelos credores. Após conclusão da reestruturação, Eike terá apenas 1,5% da empresa.
OSX
O fundo árabe Mubadala comprou 29% da OSX em janeiro de 2016, Eike ainda permanece com 49,5% da companhia. Com atuação na construção naval, a empresa também está em recuperação judicial. Era o braço do grupo mais dependente da ex-OGX.
MMX
Era a aposta de Eike para erguer sua ‘mini-Vale”. Acabou sendo desmembrada e teve vários ativos vendidos para a holandesa Trafigura e o fundo árabe Mubadala, como o Porto Sudeste, em Itaguaí (RJ) e minas em Minas Gerais. Eike controla apenas a holding, em recuperação judicial.
MPX (atual Eneva)
Foi a primeira empresa do grupo a iniciar sua reestruturação, ao ser vendida para a alemã E.ON em 2013. Mesmo com a troca de comando, a companhia entrou em recuperação judicial. Em 2016, porém, conseguiu sair da recuperação. Atua na área de energia.
LLX (atual Prumo)
Eike vendeu o controle da empresa para a americana EIG, por R$ 1,3 bilhão. O empresário ficou com menos de 1% da companhia. O fundo árabe Mubadala também tornou-se acionista da empresa, cujo principal ativo é o Porto do Açu, em São João da Barra (Norte Fluminense).
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