As ações europeias fecharam nas máximas em cinco anos e meio nesta quarta-feira (15), impulsionadas por dados fortes e pela melhora na perspectiva econômica global, além do arrefecimento das preocupações regulatórias com bancos da zona do euro. O índice FTSEurofirst 300, que reúne os principais papéis do continente, avançou 1,01%, para 1.339 pontos, o maior nível desde 2008.
O avanço do setor financeiro foi o que mais impulsionou o FTSEurofirst 300, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar que bancos não serão obrigados a ajustar portfólios de dívida soberana que detêm até o vencimento para refletir os atuais valores de mercado. As maiores altas, como Societé Générale e B P Milano, têm ampla exposição a títulos soberanos da região.
O setor já acumula alta de 10,7% neste ano e recebeu impulso nesta semana quando reguladores bancários aceitaram relaxar regulações de portfólio para tentar evitar prejudicar o financiamento da economia global. "Bancos da zona do euro tiveram boas notícias de Basileia no início da semana e parece que reguladores estão relaxando o fardo regulatório sobre o setor bancário", afirmou o estrategista de renda variável do Shore Capital, Gerard Lane. "Esse fardo regulatório se mostrou um fardo sobre a recuperação econômica... e pode haver um círculo vicioso. Contanto que haja recuperação, os bancos serão capazes de consertar a si mesmos", emendou.
Os mercados também foram animados pelos sinais dados pelo Banco Mundial, que vê crescimento econômico global maior neste ano.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,78%, a 6.819 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,03%, para 9.733 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 1,35%, para 4.332 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,60%, para 20.045 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 1,38%, para 10.525 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,85%, para 7.125 pontos.