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As ações ordinárias da TIM Participações operavam em queda acentuada, superior a 20 por cento, nesta quinta-feira, reagindo ao anúncio de que a Telco não terá que fazer uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos papéis.

A CVM informou na noite de quarta-feira que o Colegiado da autarquia decidiu que a Telco, maior acionista da Telecom Italia, não terá que fazer uma OPA de ações ordinárias da TIM Participações, derrubando entendimento anterior da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários.

O Colegiado da CVM deu parecer favorável ao recurso apresentado pela Telco contra entendimento de área técnica da autarquia de que a Telco teria que fazer uma OPA pelas ações ordinárias da TIM Participações em circulação no mercado.

Às 13h47, as ações ordinárias da TIM --que tem como acionista majoritária a Telecom Italia-- exibiam baixa de 23,4 por cento, negociadas a 5,40 reais. Na mínima até esse horário, os papéis chegaram a perder 28,4 por cento, a 5,05 reais.

Já as preferenciais da empresa mostravam valorização de 0,82 por cento, a 3,71 reais, enquanto o Ibovespa subia 0,33 por cento.

A analista Luciana Leocadio, da corretora Ativa, considerou a decisão da CVM "muito negativa" para as ações ordinárias da TIM. Ela recomenda venda das ações, com troca pelas preferenciais de TIM.

A analista Beatriz Batelli, da corretora Brascan, destacou em relatório que a diferença de preço entre as ações ordinárias e preferenciais da TIM deu um salto após o anúncio de que uma OPA pelas ações com direito a voto seria obrigatória.

Agora, como a OPA não será realizada, essa diferença deve voltar, pelo menos, aos patamares anteriores.

Segundo Beatriz, os minoritários ainda poderão recorrer em uma última instância. "No entanto, a análise dessa última decisão será feita pelo mesmo Colegiado (da CVM). Sendo assim, consideramos pouco provável a alteração dessa última determinação", afirmou ela, em relatório.

A avaliação da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários, derrubada pelo Colegiado da CVM, era de que houve mudança no controle da Telecom Italia no final de 2007, quando a Telco assumiu participação relevante no capital do grupo de telecomunicações italiano. Por isso, a OPA de ações ordinárias da TIM Participações era vista como necessária.

O consórcio italiano Telco passou a deter 24,5 por cento da Telecom Italia ao comprar a holding Olimpia, que pertencia à Pirelli.

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