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Combustíveis

Acordo com usinas não conteve preços

O acordo entre governo e usineiros, fechado em 11 de janeiro, não apenas se mostrou ineficaz para segurar o impacto do aumento do álcool sobre a gasolina como também pressionou o preço do derivado da cana-de-açúcar vendido diretamente nas bombas. O levantamento feito semanalmente pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)/USP mostra que, no estado de São Paulo, que tem 60% da produção nacional, a média de preços do álcool anidro (misturado à gasolina na proporção de 25%) subiu para R$ 1,073 por litro na semana passada e supera em 1,9% o preço estipulado de R$ 1,05.

No Paraná, o preço do álcool na bomba voltou a subir, após três semanas consecutivas de queda. Entre os dias 12 e 18 deste mês, o preço médio apurado em 755 postos do estado foi de R$ 1,77 por litro, com alta de 1,6% sobre a semana anterior, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A possibilidade de aumento havia sido adiantada na semana passada pelo presidente do Sindicombustíveis-PR (que representa os postos do estado), Roberto Fregonese.

O impacto na gasolina foi imediato na semana passada: de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor do combustível nos postos subiu 0,19% no período, de R$ 2,501, entre 5 e 11 de fevereiro, para R$ 2,506.

Além disso, para compensar o congelamento, os usineiros teriam elevado o valor do álcool hidratado em 3,5% desde o acordo, o que representou aumento de 6,72% nas bombas desde então, conforme mostra a ANP.

Defensor da redução da mistura de álcool à gasolina, o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Gil Siufo, confirma a distorção do mercado, assim como os aumentos semanais do álcool hidratado. Para ele, o governo foi incompetente ao congelar os preços.

O presidente da Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), Anísio Tormena, disse ontem que os usineiros aprovaram a redução do álcool na gasolina, já que a demanda por álcool combustível vem crescendo ano após ano, e a produção não está acompanhando.

Na safra 2004/2005, por exemplo, houve uma redução de 600 milhões de litros em função da estiagem.

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