Além da revogação das 800 demissões prometidas para fevereiro, trabalhadores da fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, decidiram encerrar a greve após aceitarem nova proposta da diretoria da fábrica de reestruturação do acordo vigente desde 2012 que garantia estabilidade do emprego até março de 2017. A primeira proposta havia sido negada pela categoria no dia 2 de dezembro do ano passado.

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A principal mudança da nova proposta está relacionada ao reajuste dos salários dos trabalhadores. Pelo novo acordo, trabalhadores passarão a ter os vencimentos reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 1% de aumento real, já a partir de 2016.

Em 2015, o reajuste continua a ser compensado por um abono salarial, que será pago em fevereiro. No acordo antigo, os salários seriam congelados em troca de abonos tanto em 2015 quanto em 2016.

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De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a nova proposta continua prevendo a continuidade de formas de "adequação" do efetivo na fábrica, por meio da abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para aproximadamente 2,1 mil trabalhadores considerados excedentes e da suspensão dos contratos de terceirização para alocação de parte do pessoal excedente. Além disso, o acordo assegura a vinda de uma nova plataforma mundial de produtos e modelos para a unidade.

Fim da greve

Trabalhadores e diretoria da fábrica de São Bernardo chegaram a um acordo após três rodadas de negociação. A última delas, onde a nova proposta foi aceita, ocorreu na noite dessa quinta-feira. O resultado foi aprovado pela categoria durante assembleia na manhã desta sexta-feira, 16. Os 13 mil funcionários da fábrica voltam ao trabalho na próxima segunda-feira, 19, após 11 dias de paralisação. Os dias parados serão descontados no salário ou compensados posteriormente.

Lay-off

Além da negociação com a empresa, trabalhadores negociam com o governo federal a aprovação, já no primeiro trimestre de 2015, do Programa Nacional de Proteção ao Amplo, projeto que já vem sendo discutido há mais de um ano com o governo. Entre os pontos, o principal é a ampliação do limite de lay-off (suspensão temporária dos contratos) dos atuais cinco meses para até dois anos.

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