R$ 691 milhões devem ser injetados na economia do estado no período entre 2014 e 2016 somente com o pagamento dos salários e do PLR aos metalúrgicos da Renault do Brasil, conforme projeção do Departamento Intersindical de Estudos Sócio Econômicos (Dieese) no Paraná.
O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) fechou ontem um novo acordo salarial com a Renault do Brasil com aumento real de 2,5% e pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 24,8 mil pelos próximos três anos. Além disso, a proposta acordada prevê ainda a implantação de vale-mercado até 2016 para todos os 6 mil funcionários da empresa, localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O acordo vai garantir R$ 91,1 mil para cada trabalhador considerando o triênio 2014/15/16 um aumento de 48,4% em relação aos R$ 61,3 mil recebidos no triênio 2011/12/13. Segundo o sindicato, o acordo é o maior fechado neste ano até o momento, mas outras montadoras ainda devem fechar negociações nos próximos dias. Uma das empresas que ainda negociam é a Volvo e que tradicionalmente fecha os maiores acordos salariais na RMC.
Aumento real
Na Renault, com o acordo desta terça, os metalúrgicos terão aumento real de 2,5% ao ano. O PLR passa de R$ 18 mil para R$ 24,8 mil (com abono salarial incorporado) ao ano reajustado pelo INPC, mais aumento real de 2,5% ao ano. Já a implementação do vale-mercado será gradativa, começando em R$ 300 a partir de abril deste ano, passando a R$ 320 em 2015 e a R$ 340 em 2016.
A reportagem da Gazeta do Povo questionou o Sindicato dos Metalúrgicos e a Renault sobre o acordo , mas a empresa não comentou o assunto. Em nota, o presidente do sindicato, Sérgio Butka, afirmou que trata-se de uma "conquista salarial histórica para o bolso do metalúrgico".
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