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A estatal venezuelana de petróleo PDVSA está praticamente fora da refinaria de Pernambuco, segundo fontes que acompanham o desenvolvimento do projeto. Este mês completa um ano desde que foi formalizado o acordo entre a Petrobras e a estatal venezuelana, sem que a PDVSA tenha destinado nenhum centavo à obra.

Dois pedidos de financiamento feitos pela companhia ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já foram negados por falta de garantias. Pode ser o fim melancólico das intenções de negócios comuns que constaram da Aliança Estratégica entre Brasil e Venezuela, estabelecida em fevereiro de 2005, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, contendo um total de 28 acordos.

Naquela época, a então ministra das Minas e Energia Dilma Rousseff, presente à solenidade que reuniu em Caracas 11 ministros venezuelanos e sete brasileiros, assinou 18 protocolos de intenções. Dos 15 relacionados à área de energia, 14 envolviam participação da Petrobras e apenas um deles evoluiu: o da refinaria em Pernambuco, que empacou no estágio de desembolso de recursos entre os sócios.

Até agora, nada de concreto foi efetivado, a não ser a assinatura de contratos para a obra, apenas pela Petrobras, no valor de R$ 9,8 bilhões, em dezembro do ano passado. A estatal brasileira tomou emprestados os recursos no BNDES, como parte dos R$ 25 bilhões que o banco destinou a financiamentos à companhia. Depois, ficou acertado que a PDVSA ficaria responsável por 40% do empréstimo, seguindo o critério de proporcionalidade dos sócios no empreendimento. A venezuelana tentou, mas não conseguiu aval do banco para sua inclusão no financiamento por falta de garantias compatíveis com as exigências técnicas.

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