O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (31) que um acordo para evitar o "abismo fiscal" está próximo, embora ainda não esteja pronto. Em pronunciamento na Casa Branca, Obama afirmou que o problema será resolvido "em etapas".

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"Hoje parece que um acordo para evitar esse aumento de impostos no Ano Novo está em vista, mas ainda não está pronto", disse Obama.

De acordo com o presidente, ainda existem algumas questões a serem resolvidas, mas o Congresso chegará a um consenso. Segundo Obama, a grande preocupação é a classe média.

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"Nossa prioridade imediata é evitar que o aumento das taxas atinja as famílias de classe média amanhã", afirmou.

Discussões

Nos últimos dias foram inúmeras as reuniões para tratar do tema. Na madrugada deste domingo (30) o vice-presidente Joe Biden entrou no circuito e se reuniu, por longas seis horas, com o líder do partido republicano no Senado, Mitch McConnell. Segundo assessores de ambos, as "conversas foram boas", mas não foi possível costurar um acordo.

Por um lado, democratas defendem a taxação de pessoas e empresas que tenham altos rendimentos. Por outro, republicanos defendem a isenção e pedem o fim de alguns direitos sociais. De acordo com o líder dos democratas no Senado, Haryy Reid, os negociadores precisam acabar com as diferenças para que um acordo seja construído a tempo. Caso uma proposta não seja aprovada neste domingo, o país pode mergulhar em nova recessão. "As discussões continuam hoje num plano para proteger as famílias de classe média do aumento fiscal de amanhã. Existe um número de questões que os dois lados ainda não chegaram a um acordo, mas as negociações continuam",disse Reid. O chamado abismo fiscal é uma combinação de aumento de impostos, fim de benefícios e cortes de despesas correntes e de defesa. A estimativa é que as mudanças retirem US$ 600 bilhões da economia americana, o que poderia levar o país a recessão.