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As principais potências européias dentro do Banco Mundial (Bird) ofereceram a Washington a possibilidade de escolher um novo presidente para a instituição se o atual titular, o americano Paul Wolfowitz concordar em sair imediatamente. A informação é do jornal americano New York Times desta terça-feira. Wolfowitz é acusado de ter favorecido sua namorada, a funcionária do Bird, Shaha Ali Riza.

A comissão especial do Bird criada para investigar o caso concluiu que Wolfowitz violou regras da casa ao promover Shaha Ali Riza, em 2005, e dar a ela aumentos de salários além do limite permitido pelo regulamento interno. O informe, contendo o veredito e a apuração da comissão, formada por sete dos 24 membros do conselho de direção do Bird, foi entregue a Wolfowitz no domingo à noite. Uma cópia será encaminhada nesta terça-feira à diretoria do banco, que então decidirá a sorte do presidente do Bird.

A decisão poderá ainda ficar para esta quarta-feira caso o Bird aceite o pedido de Wolfowitz para prorrogar por 24 horas o prazo que tinha para apresentar uma resposta à decisão da comissão.

Fontes do governo americano dizem que um forte candidato seria Robert Zoellick, ex-chefe do Escritório de Comércio da Casa Branca. Em um artigo publicado ontem no jornal britânico "Financial Times", o prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz afirmou que a atual crise do Bird pode servir para pôr fim ao esquema de alternância da presidência entre americanos e europeus no Bird e no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo ele, há excelentes opções nos países em desenvolvimento e citou o economista Armínio Fraga, que fez "um excelente trabalho" à frente do Banco Central brasileiro.

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