O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira (05) que as negociações para compra e venda da TIM precisam ser transparentes e se afastar das especulações do mercado financeiro. "Conversei com dirigentes das empresas envolvidas e todos eles negaram que fizeram acordo", afirmou o ministro. "Tem um componente muito forte que é o mercado financeiro interessado em participar do negócio e ganhar boa soma de comissões", acrescentou.
Segundo o ministro, não está certo que a venda da empresa ocorrerá, se ela pode ser aprovado pelo governo e se esse projeto receberia aprovação também do ponto de vista concorrencial. "Alguma empresas foram interpeladas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), porque as ações dispararam na bolsa. Elas responderam formalmente que não há esse acordo",acrescentou o ministro.
Acordo
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo publicada na sexta-feira (31), as operadoras Claro, Vivo e Oi fecharam acordo com o banco BTG Pactual para comprar a TIM Brasil, a segunda maior empresa do mercado brasileira, e reparti-la em três. O valor não está fechado, mas poderia chegar a R$ 31,5 bilhões, o maior negócio no setor no país. São cerca de R$ 30 bilhões, mais um prêmio de 5% pago aos acionistas, incluindo minoritários.