• Carregando...
Vídeo | RPC TV
Vídeo| Foto: RPC TV

A comissão de dragagem do Canal da Galheta, que amanhã divulga um relatório final sobre o caso, conseguiu chegar a um acordo sobre dois pontos que opunham a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) e a Marinha: o local de despejo do material dragado e a curvatura do canal. A expectativa do grupo de trabalho da dragagem, criado há 15 dias pela Appa, Marinha, entidades da área portuária e ambiental é que o edital de licitação para contratação do serviço seja lançado em 30 dias.

A união de forças em torno da dragagem, que não é feita no canal de acesso dos portos de Paranaguá e Antonina desde 2005, é um fato inédito na gestão de Eduardo Requião, superintendente desde 2003. Sem dragagem, a Marinha criou restrições para a navegação dos navios, o que causa impacto nos negócios realizados no porto. Em apresentação na Câmara dos Deputados, em 12 de junho, o almirante Gérson Ravanelli, diretor de Portos e Costas da Marinha do Brasil, disse que o Canal da Galheta pode entrar em colapso a partir de 2008, caso a dragagem não seja feita.

Operadores e armadores também estão otimistas com a comissão e dizem que ocorreu uma mudança na postura do superintendente da Appa. Por sua vez, Eduardo Requião diz que ficou satisfeito com as colocações do comandante dos Portos do Paraná, capitão-de-mar-e-guerra Marco Antônio do Amaral Silva. "Fiquei muito impressionado com a posição do capitão. Na mesa de negociação ele falou da realidade do canal. Concordamos que é preciso discutir a dragagem em relação à movimentação real de cargas e dos navios que trafegam por Paranaguá, e não com base em um plano ideal, que não pode ser praticado", afirma Requião.

Na reunião em que foi criada a comissão, Requião falou sobre os projetos de dragagem realizados em gestões anteriores. "Estamos discutindo propostas, mas com a consciência dos procedimentos adotados antes da minha gestão, que prejudicaram a navegabilidade e a segurança do Porto de Paranaguá", diz.

Pela proposta do grupo de trabalho, a entrada do Canal da Galheta continuará com uma leve curvatura, a qual exigirá apenas uma guinada dos navios para entrar no porto. A intenção é que esse traçado se torne permanente, para que não seja necessária a dragagem do barranco sul do canal original, cheio de poitas (pesos fixos de ferro ou concreto armado) que precisariam ser retiradas, mas que são de difícil localização. As poitas foram utilizadas nos últimos anos como forma de marcar a curvatura que foi ocorrendo no canal. A área de despejo será em um local entre a Área Externa Comum (ACE), proposta defendida pela Appa, e o Banco dos Ciganos, área recomendada pela Marinha.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]