Para o professor de gestão ambiental da Unifae, Ivo Lessa Filho, a iniciativa da ONG ambiental SPVS, de adotar matas nativas e remunerar seus proprietários para que as preservem, é muito bem-vinda. Segundo ele, apesar de já existirem benefícios fiscais, as empresas têm muito mais agilidade na aprovação de projetos que o governo, que pode levar mais de um ano para encerrar os trâmites burocráticos referentes a uma reserva particular.
Apesar de os proprietários de mata nativa serem obrigados por lei a preservá-la, Lessa acredita que, muitas vezes, eles são pessoas que precisam de apoio financeiro para isso. "É bom saber que o proprietário que está se esforçando para preservar será beneficiado, enquanto o causador de danos, não." Isso porque as áreas adotadas pela SPVS são apenas aquelas muito bem preservadas. "O grande desafio ambiental é frear o avanço sobre áreas nativas", diz o professor.
O projeto da SPVS, segundo Lessa, deve atrair apenas grandes empresas, de início, já que as menores precisam sobreviver". "Mas é bom prestar atenção se a empresa não está fazendo um green wash, ou seja, pensando apenas na repercussão que o investimento terá em sua imagem." (HC)
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast