Pedro Afonso de Rezende Posso, 17 anos, não tem conta bancária, mas ganha dinheiro brincando. O "salário", fruto do canal Rezende Evil no YouTube (www.youtube.com/user/rezendeevil), é depositado na conta da mãe dele. Além de postar vídeos próprios, ele oferece para download clipes de música, uma seleção dos links mais acessados do YouTube e vídeos de esportes, jogos e filmes.
Tudo começou há dois anos, quando o londrinense começou a fazer vídeos para ensinar os fãs de games a jogar. Inicialmente, as postagens eram pura diversão. "Não sabia que poderia ganhar dinheiro com a internet", conta. A vida dele, porém, deu uma guinada depois de passar uma temporada na Itália, para jogar futsal. Naquela época, o canal tinha 1 milhão de visualizações por mês e, hoje, ultrapassou a marca de 32,3 milhões.
Na Itália, Pedro tentou conciliar a carreira de goleiro com a de "YouTuber". "Era difícil. Passava a madrugada acordado para fazer os vídeos, editar e postar. E meus treinos começavam às 10 horas. Além disso, a qualidade da internet não era muito boa", lembra. Depois de voltar ao Brasil e se inscrever no recrutamento da Paramaker, a primeira network nacional especializada em canais de entretenimento do YouTube, o negócio se consolidou.
A empresa incentiva os produtores de séries independentes e é detentora dos canais mais assistidos no Brasil. Um deles é o de Pedro, que possui 1.037.314 inscritos e ocupa a 3.ª posição no ranking nacional e a 5.ª no mundial no segmento de games.
Rendimento
É a parceria que garante a viabilidade financeira do negócio. Pedro ganha 70% do valor referente aos anúncios que antecedem os vídeos, enquanto a Paramaker fica com 30%. O jovem recebe os valores em dólares a cada mil visualizações. "No final do ano, quando tem mais propaganda, chegamos a ganhar US$ 10 a cada mil visualizações." Só com o vídeo mais popular dele, que passou das 560 mil visualizações, ganhou algo como US$ 5,6 mil (R$ 12,3 mil).
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