A pedido do governo federal, a recém montada companhia aérea Azul afirmou que vai antecipar para o começo de dezembro a estréia de suas operações no país, informou nesta terça-feira (14) o diretor de relações institucionais da empresa, Adalberto Febeliano.

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A Azul teve que arrendar dois aviões da norte-americana JetBlue para poder atender ao anseio do governo e iniciar as atividades no começo de dezembro.

A companhia previa inicialmente começar a operar em janeiro de 2009, mas já cogitava entrar no mercado brasileiro no fim deste ano.

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"Não se trata de pressa. É necessidade. O mercado precisa de mais um concorrente. É o que as autoridades estão sentindo", disse Febeliano a jornalistas após evento na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.

"O plano original da Azul era só ter avião Embraer novo, mas como antecipamos nos vimos obrigados a trazer dois aviões arrendados. Todos os gabinetes (de Brasília) pediram para a gente antecipar", acrescentou o executivo. Ele não revelou o primeiro destino da empresa pois "faz parte da estratégia de marketing da companhia".

A Azul pretende operar no ano que vem com 16 aeronaves e voar para nove cidades. A meta é transportar mais de 1 milhão de clientes. Em 2010, a empresa espera ter 2,5 milhões de clientes, 26 aviões e voar para 15 cidades.

"Nosso objetivo é oferecer vôos diretos. Queremos conquistar novas parcelas de mercado que não voam hoje com as companhias existentes", afirmou o executivo.

Crise financeira

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O executivo acredita que os planos da Azul para o Brasil não serão afetados pelo crise financeira internacional uma vez que o mercado nacional tem um "enorme potencial para ser três ou quatro vezes maior do que é hoje".

Segundo Febeliano, uma mudança de rota ocorreria só se a crise for muito profunda. "Se houver uma super, hiper, mega crise talvez tenhamos que repensar alguma coisa e adiar entrega de aviões. Os planos da Azul estão ligados ao potencial de crescimento do mercado brasileiro", avaliou o executivo ao lembrar que há cinco anos o mercado de aviação do Brasil cresce em um patamar acima de 10%.

"O mercado brasileiro movimenta cerca de cinquenta milhões de pessoas, mas tem condições de chegar a 200 milhões", acrescentou.

Um dos meios de fugir dos efeitos da crise é a negociação de financiamento em reais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para a compra de aviões da Embraer.

A alta do dólar também preocupa o executivo, mas como a Azul negocia empréstimos em reais o impacto pode ser menor que das concorrentes que fazem leasing de aviões em dólar, afirmou.

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