A BM&FBovespa fechou o pregão de ontem o último do ano no azul, com leve alta de 0,39%, em sessão de poucos negócios e muita volatilidade. Mas não conseguiu reverter as perdas acumuladas ao longo de 2011, encerrando o ano como a pior opção de investimento. Depois de registrar relativa estabilidade em 2010, com alta de 1,04%, a bolsa caiu 18,11%.
O desempenho da bolsa neste ano foi o terceiro pior desde o início do Plano Real, em 1994. A queda só perde para os anos de 2008 (-41,22%), ano do estouro da crise global, e 1998 (-33,46%), quando o mercado acionário brasileiro ainda engatinhava e teve desvalorização de 33,46%. O melhor ano da Bovespa foi 1999, quando houve alta de 151,93% no Ibovespa, no mesmo período em que o governo brasileiro adotou o regime de câmbio flutuante.
"Ao longo do ano [de 2011], o mercado recebeu diversas notícias ruins sobre a Europa, sobre o agravamento da situação norte-americana e o arrefecimento do ritmo de crescimento nos países emergentes", afirmou William Alves, analista da XP Investimentos. "Os problemas com a Grécia, Irlanda e Portugal elevaram muito a aversão ao risco, porque outros países poderiam ser contagiados."
Ouro e dólar
Nas primeiras posições de 2011 ficaram ouro e dólar, cujas cotações costumam subir em momentos de aversão ao risco nos mercados financeiros. A taxa de câmbio doméstica que ontem leve leve recuo de 0,27%, fechando o ano em R$ 1,869 subiu 12,18% no acumulado do ano. Foi a primeira alta desde 2008. A cotação da commodity metálica, pela referência dos preços fixados na BM&F, teve alta de 15,85%.
Renda fixa
As aplicações de perfil mais conservador, como os fundos DI e CDBs, também apareceram como boas opções. A rentabilidade média do CDB foi calculada em 11,80% (sem considerar o impacto do Imposto de Renda e encargos cobrados pelos bancos), bem acima da variação de 6,64% registrada pela inflação nos 12 meses encerrados em novembro. Aplicação mais popular do país, a poupança também conseguiu devolver para o investidor uma taxa de retorno (7,43%) acima do IPCA.
Juros
Mas, se confirmadas as previões do mercado de que a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 11%, continuará caindo, as aplicações de renda fixa tendem a ser prejudicadas no próximo ano. A pesquisa Focus, do Banco Central, aponta que o juro básico deve fechar 2012 em 9,5% ao ano.
Câmbio
O câmbio, por sua vez, tende a recuar dos patamares atuais. Pelo menos é o que espera o mercado financeiro boa parte dos analistas antecipa uma taxa de R$ 1,75 para dezembro do próximo ano.
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