A Infraero deve divulgar nesta sexta-feira os detalhes sobre uma obra esperada há anos por empresas exportadoras do Paraná: a ampliação da pista principal do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Rumores davam conta de que a obra seria anunciada oficialmente na segunda-feira, mas a Infraero não confirma essa data. A diretora de engenharia Eleuza Loures disse apenas que a obra "será anunciada" e começa este ano. Possivelmente até abril, a julgar por um recente discurso do presidente da Infraero, Carlos Wilson. As informações são do repórter Fernando Jasper, da Gazeta do Povo.

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Procurado pela Gazeta do Povo, o superintendente da Infraero em Curitiba, Antônio Felipe Bergmann Barcellos, avisou que uma nota será distribuída à imprensa nesta sexta-feira, informando em detalhes como será feita a ampliação. Na última vez em que comentou o projeto, no final de outubro, a empresa informou que estudava alargar a pista principal e ampliar seu comprimento, atualmente com 2.215 metros, para 2.590 metros – o que na prática não muda a rotina dos embarques e desembarques de passageiros no principal aeroporto do estado, mas melhora a capacidade para o transporte de cargas. Além disso, estavam nos planos um aumento do pátio para aeronaves cargueiras e outras pequenas obras.

Em discurso realizado há duas semanas, quando anunciou obras no aeroporto de Brasília, o presidente da Infraero, Carlos Wilson, incluiu o prolongamento da pista do aeroporto paranaense entre as obras que serão iniciadas até abril, quando ele deixará a direção da companhia. Também não informou como será feito esse prolongamento – se, por exemplo, começará a partir da cabeceira voltada para o centro de Curitiba ou da voltada o litoral.

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O que o discurso reiterou foi a intensa disputa por obras entre os aeroportos do país, que por anos atrapalhou as pretensões paranaenses. Ao mesmo tempo em que anunciou melhorias em Brasília e Curitiba, Wilson prometeu um novo terminal de passageiros em Florianópolis (SC) e obras em Vitória (ES), Goiânia (GO), Macapá (AP), João Pessoa (PB) e "em praticamente todos os 66 aeroportos administrados pela empresa". É verba para ano eleitoral nenhum botar defeito.

Pelo lado paranaense, a briga por obras é bastante antiga, e envolve principalmente representantes do setor empresarial. São eles os principais interessados na ampliação da pista, que facilitaria o escoamento de produtos industrializados. Como a pista atual é curta, para decolar com segurança as aeronaves não podem estar com carga completa nem com tanque cheio. Levantam vôo, com no máximo, 30 toneladas. E em seguida precisam fazer escala em outros aeroportos antes de tomar o caminho do exterior. Essa manobra encarece a operação e estimula o embarque em aeroportos paulistas.