Depois que o governo conceder à iniciativa privada a operação dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília, a Infraero vai investir no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba, para torná-lo um novo polo de transporte de cargas e concorrer com os dois aeroportos paulistas. A informação foi revelada na sexta-feira pelo superintendente da Regional Sul da Infraero, Carlos Alberto da Silva Souza (foto), em um encontro com o Fórum Permanente Futuro 10, que reúne 16 empresas e entidades do Paraná. A decisão de fazer do Afonso Pena um aeroporto estratégico fez a Infraero antecipar os estudos de viabilidade para a terceira pista do terminal. Confira os principais trechos da entrevista que o superintendente concedeu à repórter Fabiane Ziolla Menezes.
Após as concessões, o Afonso Pena passa a ser decisivo para a Infraero?
Sim. Muitas indústrias paranaenses hoje usam Guarulhos e Viracopos para importação e exportação. Até então os dois aeroportos eram públicos e não nos interessava promover qualquer competição entre eles e outros terminais. Com as concessões, porém, é, sim, nossa intenção atrair as empresas para os nossos terminais, e o de Curitiba é estratégico. Além das concessões, a desapropriação da área para a terceira pista, assinada pelo governador Beto Richa, motivou a antecipação dos estudos de viabilidade do projeto. Embora o início da obra esteja previsto para 2015, nós começaremos já no ano que vem os estudos de viabilidade técnica e ambiental para a obtenção das licenças prévias. A ampliação do terminal de cargas em 5 mil metros quadrados, para um tamanho 42% maior que o atual, também é fundamental. Ela está orçada em R$ 19 milhões e deve terminar em outubro de 2012.
Por que a terceira pista é importante?
Porque ela atrairá as empresas que preferem os voos que chamamos de ponta a ponta. Ou seja, poderá receber os aviões mais pesados, com carga e combustível plenos.
Que outras intervenções estão previstas?
Além das já anunciadas, como a ampliação do terminal de passageiros [que vai dobrar a capacidade existente] e do pátio de aeronaves, há a construção de um edifício-garagem, que deixará o estacionamento com 5 mil vagas [sete vezes a capacidade atual]. Com o estudo de viabilidade já pronto, queremos usar o RDC [Regime de Contratação Diferenciado] para licitar e começar a obra até 2013. Esse edifício será concedido para a iniciativa privada. Ainda em 2012 vamos contratar também o estudo de viabilidade de dois complexos de hotel e centro de convenções, que serão construídos dentro das áreas dos aeroportos Afonso Pena e das Cataratas, em Foz do Iguaçu. As obras devem começar até 2013. Os complexos serão concedidos à iniciativa privada.
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Cooperativas
Num ano de saldo recorde, as cooperativas do Paraná responderam pela segunda maior receita nacional de exportações do setor. O faturamento chega a US$ 1,807 bilhão, o que equivale a 32% de tudo que as cooperativas brasileiras venderam para outros países. O primeiro colocado é o setor cooperativista de São Paulo, que exportou um volume pouco maior, respondendo por 33,3% do total. Em seguida, vêm Minas Gerais (13,9%), Rio Grande do Sul (6,2%) e Santa Catarina (5%).
Os principais produtos enviados até novembro foram açúcar refinado, café em grãos, soja em grãos e açúcar em bruto. Eles seguiram para 133 países de uma lista liderada por China, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Alemanha.
Gás que vale ouro
A tarifa média de gás natural paga pela indústria do Paraná é 28,71% mais cara do que a média encontrada para um conjunto de 23 países, como Estados Unidos, Reino Unido e França. As conclusões são do estudo "Quanto Custa o Gás Natural para a Indústria no Brasil?", realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. A tarifa do Paraná é 9,68% superior à média brasileira e a quinta mais cara entre os 15 estados pesquisados.
O gás natural canalizado consumido pela indústria no Brasil pode ter duas origens: nacional ou importada da Bolívia. O gás importado abastece todas as distribuidoras da Região Sul do país, além do Mato Grosso do Sul.
Roupeiros populares
A indústria moveleira de Arapongas confia num crescimento médio de 5% no faturamento neste ano. Os melhores resultados são da linha de produção de guarda-roupas, que cresceu em torno de 10%, em virtude dos novos padrões de consumo da classe C. A projeção é do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (SIMA).
A fronteira tem Renner
A Renner inaugurou sua primeira unidade em Foz do Iguaçu. É a 12.ª no Paraná e foi instalada no Cataratas JL Shopping. Ela recebeu investimento de R$ 6,2 milhões e tem 2 mil metros quadrados. O fim de semana vai ser de ações e ofertas promocionais para divulgar o cartão Renner, principal instrumento de crédito da rede.
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