Após a confirmação de um foco de febre aftosa no Paraguai ontem, o Paraná anunciou uma operação para aumentar a fiscalização sanitária no estado. Serão montadas barreiras nas principais vias entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina. Os postos de inspeção funcionarão 24 horas e propriedades suspeitas passarão por uma vistoria dos órgãos do governo.
Na aduana brasileira na Ponte da Amizade, o fiscal federal agrocupecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Alexandre Junqueira informou que os equipamentos de pulverização e desinfecção já estão instalados e que os trabalhos de controle começarão assim que a equipe for oficialmente comunicada. "Temos bombas de pulverização, arcolúvio (para desinfetar caminhões) e o rodolúvio, uma rampa para lavagem e desinfecção dos pneus de todos os veículos que cruzarem a ponte", explicou.
O Mapa também solicitou ao governo estadual reforço no georreferenciamento das propriedades da fronteira e a manutenção da vigilância.
O foco da doença no país vizinho foi detectado em uma fazenda de San Pedro del Ycuamandiyú, município do departamento de San Pedro, a 360 km de Assunção. A região não faz fronteira com o Brasil. Segundo informações da agência estatal de saúde animal paraguaia (Senacsa), o foco, localizado no dia 30 de dezembro, foi confirmado na segunda-feira após análises laboratoriais. Números preliminares indicam que são 131 animais suspeitos e 15 com contágio confirmado.
Brasil
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, disse que a pasta tomará todas as medidas necessárias para proteger a fronteira brasileira da doença, acrescentando que o Exército e a Polícia Federal devem integrar a operação. Todos os eventos agropecuários no estado do Mato Grosso do Sul foram suspensos. O estado também contratou 35 médicos veterinários para reforçar a atuação na fronteira com o Paraguai.
Bloqueio
A entrada de animais do Paraguai está proibida desde setembro, após o caso de aftosa em uma fazenda também da região de San Pedro. Na ocasião, 820 cabeças de gado foram sacrificadas. "A situação é preocupante e não vamos expor o nosso rebanho. Vamos fazer o esforço que for necessário para evitar a entrada de qualquer produto que possa representar risco ao gado paranaense. A determinação é de exercer poder de polícia em toda a faixa de fronteira", disse o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, de acordo com o site do governo do estado.
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