A agência de classificação crediticia Standard and Poor's reduziu, nesta sexta-feira (13), as notas das dívidas de 9 dos 17 países da zona do euro, entre eles França, Itália, Espanha, Portugal e Áustria.
França e Áustria tiveram suas notas reduzidas em um grau, para AA+, algo que deve resultar num downgrade da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, em inglês). Mais três países sofreram redução em um grau, enquanto Portugal, Itália, Espanha e Chipre caíram dois graus.
A S&P manteve nota da Alemanha, principal economia da Europa, em AAA, com perspectiva estável.
No comunicado que explica a decisão de hoje, a S&P afirma que "as iniciativas das autoridades europeias nas últimas semanas talvez sejam insuficientes para abordar as tensões sistêmicas na zona do euro", acrescentando que o acordo político fechado na reunião de cúpula da União Europeia ocorrida em 9 de dezembro "não oferece recursos adicionais ou flexibilidade operacional para melhorar as operações de resgate ou estendê-las a países da zona do euro que sofrem pressão do mercado."
A agência diz também que as tensões no bloco monetário incluem "o aperto nas condições de crédito, a elevação dos prêmios de risco para um número crescente de emissões da zona do euro, uma tentativa de desalavancagem simultânea dos governos e das famílias, o enfraquecimento nas perspectivas de crescimento econômico e a disputa aberta e prolongada das autoridades europeias sobre a abordagem mais apropriada para enfrentar esses desafios".
Segundo a S&P, é provável que alguns países europeus continuem enfrentando um custo de financiamento elevado e que haja uma redução na oferta de crédito e no crescimento econômico. "Por outro lado, acreditamos que as autoridades monetárias da zona do euro têm sido instrumentais no que diz respeito a evitar um colapso na confiança do mercado. Vimos que o Banco Central Europeu reduziu com sucesso as exigências para colaterais permitindo que cada vez mais ativos sejam usados como garantias em operações de financiamento e, mais importante, adotou operações de recompra sem precedentes para as instituições financeiras, aliviando as pressões de financiamento de curto prazo para os bancos."
A agência destacou que os ratings do bloco monetário podem ser rebaixados novamente caso haja mais deterioração fiscal em consequência de um ambiente econômico de recessão ou se um aumento na aversão ao risco dificultar o acesso a financiamentos por um custo razoável.
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