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Planos de saúde

Agendamento com psicólogo pelo plano demora até 3 meses

Veja a rede de credenciados para consultas psicoterápicas |
Veja a rede de credenciados para consultas psicoterápicas (Foto: )

Após um ano de vigência, a resolução da ANS que ampliou o rol de atendimentos obrigatórios dos planos de saúde vem sendo cumprida pelas operadoras. Mas a quantidade limitada de profissionais habilitados para atender os pacientes tem causado filas de até três meses para o agendamento de consultas.

Com cerca de 400 mil beneficiários em Curitiba, a operadora Unimed conta hoje com apenas três psicólogos para atender a uma demanda de 1,2 mil pacientes por mês – totalizando 400 pacientes por psicólogo no período, com média de 18 atendimentos por dia útil. Tal índice contraria uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que estabelece o limite máximo de 10 pacientes para uma jornada diária de 8 horas. Já o tempo de espera para um usuário para marcar a primeira consulta com um especialista em psicologia pode variar entre 40 e 90 dias, de acordo com a CFP.

A gerente de atendimento da Unimed Curitiba, Teresa Cristina Fardoski, afirma que a operadora está desenvolvendo um estudo para readequar a capacidade de atendimento à necessidade dos usuários. "Não tínhamos um parâmetro de comparação e resolvemos trabalhar com uma quantidade [de profissionais] que achamos que daria conta da demanda", explica.

Meta

A gerente afirma que a operadora tem como meta reduzir o tempo médio de espera para algo entre 15 e 30 dias. "Com a conclusão do estudo, provavelmente em junho, ampliaremos o número de profissionais dedicados a este tipo de atendimento", assegura Teresa.

O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) vai discutir o tema do atendimento psicológico via planos de saúde durante o 13º Encontro Paranaense de Psicologia, entre os dias 10 e 13 de junho, em Curitiba.

De acordo com a ANS, as prestadoras são obrigadas a oferecer um número mínimo de profissionais para atendimento às especialidades de acordo com a quantidade total de beneficiários.

A falta de atendimento em razão da escassez de profissionais pode caracterizar negativa de cobertura, situação capaz de dar início a um processo administrativo, resultando em multa de até R$ 80 mil. A agência não soube informar o número de denúncias realizadas ou em andamento sobre problemas com a cobertura de especialidades.

Critérios

A Resolução Normativa nº 167 da ANS entrou em vigor em maio do ano passado, determinando o atendimento obrigatório em especialidades médicas como nutrição, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicoterapia. A regra vale apenas para os contratos firmados a partir de janeiro de 1999 – os chamados "planos novos" –, ou para os planos adaptados à nova legislação.

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