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Comando

Agnelli nega envolvimento político em eventual mudança na Vale

O presidente executivo da mineradora Vale, Roger Agnelli, em coletiva de impresa no Rio de Janeiro, em 2008. Agnelli negou nesta sexta-feira qualquer envolvimento político relacionado à possível mudança no comando da mineradora | Bruno Domingos / Reuters
O presidente executivo da mineradora Vale, Roger Agnelli, em coletiva de impresa no Rio de Janeiro, em 2008. Agnelli negou nesta sexta-feira qualquer envolvimento político relacionado à possível mudança no comando da mineradora (Foto: Bruno Domingos / Reuters)

O presidente executivo da Vale, Roger Agnelli, negou nesta sexta-feira (25) qualquer envolvimento político relacionado à possível mudança no comando da mineradora.

O comentário de Agnelli, feito em comunicado enviado pela empresa, ocorre após relatos na mídia terem informado que ele teria feito contato com políticos da oposição, buscando apoio contra a intenção do Planalto de mudar o comando da Vale.

"Não tenho envolvimento com qualquer questão política relativa a este assunto", afirmou o presidente da mineradora em nota.

"A decisão sobre a escolha do diretor-presidente da Vale compete exclusivamente aos acionistas controladores da empresa", acrescentou. "O que tenho feito nos últimos dias é o mesmo que fiz ao longo de toda a minha carreira: trabalhar".

O futuro da administração da Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, ficou em aberto nesta semana após o jornal O Estado de São Paulo ter publicado que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pediu a substituição do atual presidente executivo, Roger Agnelli, em reunião com a cúpula do Bradesco, outro importante acionista controlador da companhia.

O Ministério da Fazenda não confirmou nem negou a informação, informando apenas que não comentaria o assunto.

Na estrutura da Vale, se os acionistas no bloco de controle decidirem por uma alteração no comando, uma lista com três nomes deve ser apresentada na reunião do conselho de administração. O nome escolhido deve ter o concenso de pelo menos 75 por cento dos acionistas controladores.

O governo, por meio do BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, não possui esse montante para executar a mudança, mesmo incluída a grande fatia detida pelo Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil. Por isso, precisa de um acordo com os outros grandes acionistas, Bradesco e a trading Mitsui.

Uma fonte no Palácio do Planalto disse à Reuters na quinta-feira que a intenção do governo é sacramentar a mudança na mineradora em poucos dias, antes da viagem da presidente Dilma Rousseff à China, no dia 9 de abril.

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