A redução do juro do crédito agrícola de 8,75% para 6,75% na safra 2007/08, anunciada na quinta-feira, deu novos argumentos aos representantes do setor que tentam diminuir o peso das dívidas antigas. Os líderes dos produtores querem abatimento também nos juros dos R$ 131 bilhões acumulados em dívidas, além de um alongamento de pelo menos cinco anos no prazo de pagamento das prestações prestes a vencer.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, confirma que as alternativas consideradas pelo governo são o alongamento de prazo e a redução de juros, mas se mostra favorável a soluções regionais. "O endividamento é diferente de uma região para outra e depende também de cada cultura."
Stephanes atua como moderador nas discussões, que têm de um lado líderes de entidades e parlamentares que representam o setor e de outro o Ministério da Fazenda. "Nós já suspendemos as dívidas que estavam vencendo, de investimento e de custeio, até 31 de agosto (...) O alongamento dos prazos e a redução do juro são, com certeza, duas coisas que deverão ser consideradas", afirma. Segundo Stephanes, o grupo que discute as dívidas elabora estudo técnico que deve ficar pronto até 15 de julho, ou seja, duas semanas antes do vencimento das prestações adiadas até o final de agosto.
O ministro afirma que, além da redução de juros, vem sendo estudada a concessão de "prêmios" para quem pagar em dia as prestações. Em sua avaliação, o setor "só não paga as dívidas quando a safra vai mal". Ele argumenta que foram quitadas 95% das prestações referentes à safra 2006/07, que deve atingir o recorde de 130,7 bilhões de toneladas, conforme levantamento que será detalhado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na próxima terça-feira. (JR)
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