As cooperativas e associações de agricultores familiares do Paraná ganharam crédito de R$ 10 milhões para melhorar a produção de alimentos e os mecanismos de comercialização. Os recursos foram anunciados pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e devem ser liberados até novembro.
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), a verba é um reforço ao orçamento do setor. Para financiar o plantio da safra de verão, deve ser liberado R$ 1,3 bilhão aos produtores através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os R$ 10 milhões são para pessoas jurídicas.
O secretário de Estado da Agricultura, Valter Bianchini, defende que a linha de crédito tenha uma edição por ano a partir de agora. O governo do Paraná busca a liberação de mais R$ 20 milhões para os próximos dois anos. Os juros desse tipo de financiamento serão de 2% ao ano, menores que os do Pronaf, que chegam a 5,5%.
Entre os projetos já delineados está a criação de uma rede de distribuição de sementes crioulas. Em outra iniciativa, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) propõe pesquisas de variedades de arroz, feijão, mandioca e milho mais nutritivas.
O crédito terá reflexo na vida do produtor rural, disse o diretor de Políticas Agrícolas da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetaep), Mário Presk. "O mercado quer regularidade de entrega, volume de produção, padrão. Sozinho, o produtor não consegue atender essas exigências." Em sua avaliação, os recursos liberados não são suficientes, mas vão ajudar grupos de agricultores em fase de estruturação.
O Sistema Coopafi, que reúne 15 cooperativas do Sudoeste, já elabora projeto para acessar esse tipo de linha de crédito, conta o presidente dessa central, Carlos Farias. "Precisamos de recursos para formar estoque de feijão e, assim, ter condições de oferecer o produto embalado e padronizado", cita.
Ainda não foram definidas as regras para o acesso aos recursos. Interessados deverão participar de cursos no Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Segundo a Seab, depois de definidos os projetos é que deve ser fixado o limite de cada empréstimo.
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