Apesar de a expectativa ser de ligeira retração nas exportações do agronegócio neste ano, em função da crise internacional, o desempenho do setor continua sendo fundamental para garantir o superávit na balança comercial brasileira.
Amaryllis Romano, analista da Tendências Consultoria, estima que o superávit da balança do agronegócio deverá ficar em US$ 50,52 bilhões em 2009 ante US$ 51,14 bilhões verificados em 2008. Diferente da contabilidade oficial feita pelo governo, a Tendências inclui na balança agrícola os gastos com importações de insumos e fertilizantes. "Por isso nossos números são menores que os do governo, que cravou para 2008 um superávit de US$ 59,98 bilhões. Ao descontarmos o efeito das importações dos insumos, temos em mãos um número mais conservador, porém mais perto da realidade", disse.
Este resultado garantiu o saldo positivo de US$ 24,7 bilhões na balança comercial brasileira, já que os demais setores tiveram déficit de US$ 35,2 bilhões.
Mesmo com a queda esperada na receita com exportações agrícolas em 2009, a Tendências prevê que a importância do agronegócio na balança comercial total será maior que em anos anteriores. Neste ano, o agronegócio vai aumentar sua participação no saldo total da balança brasileira. Amaryllis prevê que a participação do superávit agrícola na balança geral crescerá 11,65% em 2009. No geral, a expectativa da consultoria é de que o superávit da balança comercial brasileira recue de US$ 24,7 bilhões para US$ 20,5 bilhões.
"O superávit agrícola poderia ser pior, mas setores como açúcar e etanol vão elevar suas exportações e contribuir para que o superávit agrícola permaneça praticamente inalterado. Outros setores da economia terão balanças bem piores", disse.
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