A professora Glaudemarina Souza costuma aproveitar as férias de verão para levar a família a Porto Seguro, na Bahia, onde tem parentes. Mas este ano teve de abrir uma exceção. Esposa do proprietário da distribuidora de água mineral Ponto DÁgua, ela e as três filhas estão trabalhando sem parar, das 8 às 20 horas, para dar conta de atender a todos os telefonemas. O marido, que antes ficava na própria distribuidora, agora passa o dia fazendo entregas de carro.
"Estamos há sete anos no mercado, e nunca vendemos tanto", diz Glaudemarina. "Na segunda-feira até eu tive que pegar o carro para fazer entrega." O número de galões vendidos por dia, que em outras épocas chega no máximo a 70, tem oscilado entre 120 e 150 nas últimas semanas.
A Ouro Fino, maior engarrafadora de água mineral do estado, não consegue atender a todos os pedidos. "A demanda aumentou em 80%, e mesmo tendo aumentado a nossa produção em 50% e contratado 20 funcionários estamos atrasando as entregas", diz o presidente do conselho administrativo, Guto Mocellin. Segundo ele, a Ouro Fino produz em média 600 mil litros diários de água mineral. Nos últimos dias, a produção subiu para 800 mil a 900 mil litros e deve aumentar outros 30% para dar conta do consumo.
Até o comércio de sorvetes foi surpreendido pelo calor. A sorveteria A Formiga, no Água Verde, estima que as vendas dobraram em relação a janeiro de 2005, chegando a de 2 mil litros nos fins de semana. No bairro Cabral, a sorveteria Fiore di Latte também registra um aumento de 100% no faturamento, segundo a gerente Ruth Carvalho Cunha. (FJ, LP e ML)
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