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Paranaguá

Ainda não há data para início da dragagem do porto

A dragagem do Canal da Galheta – canal de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina –, anunciada há 14 dias pelo superintendente Eduardo Requião, ainda não tem data certa para começar. A autoridade portuária garante que todas as providências para o início do trabalho já foram tomadas, mas não quis se arriscar a dizer o dia exato do início do serviço. A draga holandesa trazida pela empresa Somar está atracada no Porto de Paranaguá desde sexta-feira.

A Capitania dos Portos aguarda receber a autorização do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para permitir o início da dragagem no canal. Segundo a assessoria de imprensa do IAP, a autorização foi emitida na sexta-feira e encaminhada à capitania.

Uma reunião entre representantes da empresa, do porto e da capitania dos portos, realizada ontem, começou a traçar o plano da operação de dragagem, uma vez que o movimento do terminal, entrada e saída de navios, não pode ser interrompido durante a retirada de areia do fundo do canal.

O material dragado será depositado em alto mar, fora da área da baía. O procedimento foi autorizado pelo IAP pois os exames realizados na areia do canal deram negativo para contanimação, o que permite que o material volte para o mar.

Novela

A dragagem do Canal da Galheta será feita em caráter emergencial, depois de mais de dois anos de reivindicações dos exportadores que operam no porto. Os exportadores, no entanto, esperavam que a dragagem fosse realizada em todo o canal por meio de um processo licitatório.

A Appa chegou a abrir uma licitação, em março deste ano, para a dragagem em todo o terminal. Mas a falta da licença ambiental elevou o preço apresentado pela única empresa que se candidatou a fazer o serviço – a mesma Somar – ultrapassando o limite máximo estabelecido pela Appa.

Para empresários e membros Conselho da Autoridade Portuária (CAP), a falta da licença ambiental foi o que impossibilitou um resultado para a licitação. Apesar de defenderem a dragagem do canal, há críticas ao fato de o contrato ter sido feito em caráter emergencial. "Houve tempo para que a dragagem fosse feita por licitação, não há nada de emergencial em algo que se arrasta há mais de um ano", diz o economista do CAP, Luiz Antônio Fayet.

A Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), que representa mais de cem empresas que operam nos portos brasileiros, também defende a dragagem permanente do porto. A dragagem de manuntenção vinha sendo realizada até 2003, quando o governo do estado reicindiu o contrato com a empresa Bandeirantes Dragagem.

Em 2004, a Appa concluiu uma renegociação com a empresa, que recebeu R$ 700 mil por mês para fazer a manutenção do calado (profundidade) do canal de acesso e dos berços do porto. O contrato venceu em julho de 2005 e, desde então, o trabalho de dragagem foi interrompido.

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