Há uma semana, o Airbnb disparou um alerta de que enfrentaria as autoridades municipais que propuserem regras para dificultar o serviço de compartilhamento de residências. Esta semana, no entanto, o Airbnb recuou.
A startup, sediada em São Francisco, afirmou na quarta-feira (11) que estava apresentando um longo tratado, prometendo um espírito renovado de cooperação com os governos locais. Chamado de Airbnb Community Compact, o documento descreve várias maneiras para a popular empresa trabalhar com os municípios, incluindo o compartilhamento de dados anônimos sobre os anfitriões e hóspedes que usam o serviço, evitando que proprietários de hotéis de operem ilegalmente na plataforma e prometendo pagar uma parte justa de taxas hoteleiras e turística a cidades que têm hotéis.
“Dado o tamanho da comunidade Airbnb, esse parece ser o momento certo para nós sermos muito específicos sobre o tipo de compromissos que estamos dispostos a fazer”, disse Chris Lehane, chefe de política global e relações públicas do Airbnb. “As cidades estão procurando fazer a coisa certa, e elas precisam da informação certa para fazê-lo.”
Desafio regulatório
As mudanças na mensagem do Airbnb mostram que a empresa está na corda bamba conforme tenta expandir seu negócio em um ambiente regulatório complicado. Muitas cidades não têm regras em vigor para lidar com um serviço on-line para que as pessoas alugam seus quartos ou casas por curtos períodos.
A empresa, que tem sete anos, não esperou ter permissão para operar em muitas localidades. Em alguns casos, o Airbnb consegui evitar a cobraça de taxas municipais ou duras regras de segurança que são aplicadas a hotéis e bed-and-breakfast regulamentados.
O serviço tem ganhado muita força, agora com mais de 2 milhões de anúncios em mais de 34 mil cidades, e com investidores privados avaliando a empresa em cerca de US$ 24 bilhões. Isso permitiu o Airbnb para negociar com alguns reguladores locais, mas muita negociação pode sair pela culatra.
O Airbnb descobriu isso recentemente, após o duelo em São Francisco pela realização de um plebiscito que teria proibido os aluguéis de curto prazo, afetando os negócios da empresa em sua cidade natal. O Airbnb gastou mais de US$ 8 milhões para combater a medida. E a empresa foi duramente criticada em outdoors e anúncios espalhados pela cidade. A atitude também não foi bem recebida por alguns políticos.
“Se o Airbnb não for um pouco flexível, as cidades podem apertar o cerco”, disse Rob Atkinson, presidente da Information Technology and Innovation Foundation, referindo-se à necessidade de a empresa mudar de tom.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast