Em sua primeira intervenção na cúpula do G-20, em Cannes, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil está pronto para contribuir com a Europa. Entretanto, ela acredita que a ajuda deve ser feita por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa é a modalidade defendida pelo Brasil, já que pode representar um aumento das cotas no fundo, no futuro, e da representatividade na governança global, ao contrário da compra direta de títulos da dívida da zona do euro.
A presidente disse que é solidária ao continente, mas ressaltou que é preciso "liderança, visão clara e rapidez" para solucionar a crise. Segundo Dilma, a Europa é um patrimônio democrático que precisa ser preservado. Dilma pediu detalhes do pacote europeu e colocou sua avaliação de que é preciso pensar em medidas que tragam o crescimento econômico. Para ela, a crise europeia pode respingar nos emergentes.
Dilma também disse, no segundo pronunciamento feito durante a cúpula, que o Brasil "não irá se opor" à taxa mundial sobre as transações financeiras, proposta pela França, desde que exista consenso entre os países sobre o piso de proteção social sugerido pela Organização Internacional de Trabalho (OIT). A OIT propõe iniciativa capaz de assegurar um nível mínimo de segurança de renda à população.