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Ajuste de estoques impulsiona aumento de confiança da indústria

A confiança da indústria avançou em janeiro, frente a dezembro, diante do ajuste de estoques, segundo a Sondagem da Indústria da Fundação Getulio Vargas. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV subiu 2,6 pontos em janeiro, para 78 pontos, frente a 75,4 em dezembro. É o maior nível de confiança desde março de 2015. Segundo a FGV, o ajuste dos estoques foi o principal fator para a melhoria dos dados. A confiança no setor de serviços também avançou. O índice passou de 67,6 pontos em dezembro para 70,4 pontos em janeiro, uma alta de 2,8 pontos.

Doze dos 19 setores pesquisados pela Sondagem da Indústria registraram aumento da confiança. O índice de situação atual avançou 3,5 pontos, para 78,5 pontos, enquanto o índice de expectativas - que considera o cenário para os próximos seis meses - subiu 1,6 ponto, para 77,9 pontos.

De acordo com o superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr, a redução dos estoques foi o que mais puxou essa alta considerada expressiva da confiança, graças ao baixo uso da capacidade instalada das indústrias:

“Associado à percepção de estabilização do nível de demanda, este ajuste de estoques tem colaborado para reduzir o pessimismo, sugerindo um cenário de atenuação das taxas de queda da produção industrial nos próximos meses”.

Capacidade

O indicador de nível de estoques passou de 121,6 pontos em dezembro para 117,3 pontos em janeiro. Houve redução da proporção de empresas com estoques excessivos e aumento da parcela de empresas com estoques insuficientes no mês. Já o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) recuou 1,1 ponto percentual em janeiro, atingindo 73,9%, o menor nível da série histórica iniciada em 2001.

No caso da expectativa do comércio, Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE, afirmou que, apesar da redução do pessimismo, a percepção ainda é negativa:

“Nesse início de ano os indicadores informam uma redução do pessimismo nas empresas de Serviços. No entanto, se de um lado ampliam-se os sinais de que o auge da queda na curva de confiança tenha ficado para trás, de outro é possível perceber que há claro predomínio de uma percepção ainda muito negativa sobre o andamento dos negócios, expressa sobretudo na continuidade da intenção das empresas em prosseguir o ajuste do nível de emprego do setor às novas condições da demanda.

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