Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
processos seletivos

Ajuste fiscal adia concursos federais

Além da Polícia Rodoviária Federal, os editais do INSS e da Receita Federal devem ser mantidos. | Henry Milléo/Gazeta do Povo
Além da Polícia Rodoviária Federal, os editais do INSS e da Receita Federal devem ser mantidos. (Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

O ajuste fiscal previsto para 2015 deve prolongar a espera de concurseiros pela abertura de novas vagas. Prevista na proposta de orçamento ainda em votação no Congresso, a redução na contratação de novos servidores deve ser uma estratégia do governo para atingir as metas do programa de austeridade, que inclui economia de R$ 18 bilhões neste ano. Apesar do aperto, alguns editais devem ser lançados nos próximos meses, entre eles o INSS e a Receita Federal, que prevê salários de até R$ 15 mil.

Como prevê o Anexo V da proposta, o governo deve contratar pouco mais de 24 mil novos servidores neste ano, menos da metade dos 50 mil contratados em 2014. Com o orçamento enxuto, o governo deve priorizar determinados concursos. Segundo o Ministério do Planejamento, as áreas prioritárias são educação, saúde, segurança pública e previdência social.

“Esse corte é sempre uma alternativa para ajudar no ajuste e 2015 será um ano difícil nesse sentido, a tendência é priorizar as vagas já em aberto e a substituição de terceirizados”, diz a economista da UFPR Melody Porsse, especializada em administração pública.

O primeiro bimestre não trouxe grandes oportunidades para quem quer garantir uma vaga no funcionalismo público. As últimas seleções, dentre os órgãos mais visados, aconteceram em 2014 e foram da Receita Federal, que abriu pouco mais de duzentas vagas, e da Polícia Federal, que selecionou 600 candidatos. Neste ano, a maioria dos editais deve ser publicada no segundo semestre.

“Na verdade, as decisões por um ou outro concurso são motivadas mais por articulações políticas do que constatações técnicas”, diz Ricardo Ferreira, especialista em concursos públicos e autor de livros na área.

Esse corte é sempre uma alternativa para ajudar no ajuste e 2015 será um ano difícil nesse sentido, a tendência é priorizar as vagas já em aberto e a substituição de terceirizados.

Melody Porsse economista da UFPR, especializada em administração pública.
Veja também

Uma exceção deve ser o INSS, um dos mais aguardados, que, segundo o Ferreira, deve abrir nos próximos meses, já que, com o diagnóstico do Tribunal de Contas da União, constatou-se que, com o número de aposentadorias em andamento, os serviços podem ser prejudicados caso não haja contratação em breve. Há algo em torno de 10 mil funcionários em condições de se aposentar e previsão de mais 10 mil até 2017, o que representa a metade do quadro total de funcionários.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.