Curitiba Uma mudança de nome e de gestão transformou os antigos albergues da juventude em opções de hospedagem econômica não só para os mochileiros, mas para viajantes brasileiros de todos os perfis e idades. Há dois anos, a rede passou a se chamar Hostel Brasil e tornou seu controle de qualidade mais rigoroso para se adequar aos padrões internacionais de segurança da Hostelling International, cadeia que reúne 4,5 mil hostels em todo mundo. Desde então, o número médio de associados cresceu 20% no país, segundo estatística da Federação Nacional de Hostels. Hoje, cerca de 52 mil pessoas, das quais 8,6 mil são paranaenses, estão credenciados à rede.
"Ainda estamos em fase de transição para o novo nome, mas já percebemos que a mudança contribui muito para o nosso crescimento no país", avalia o diretor da federação, Ramis Bedran. "A denominação albergue da juventude tinha um caráter pejorativo e algumas pessoas se sentiam excluídas. A nossa proposta é justamente ao contrário, queremos que seja uma opção para todos." Bedran acha, no entanto, que a rede ainda tem um longo trabalho no sentido de ampliar a participação dos brasileiros eles representaram apenas 27% do hóspedes da rede nacional no ano passado. "Para isso estamos investindo na divulgação, principalmente em feiras e faculdades. Queremos equilibrar os porcentuais", conta.
A procura dos estrangeiros por hostels brasileiros, segundo o diretor, é grande porque o conceito é bastante difundido em outras partes do mundo. O uruguaio Nestor Mendonza e a mãe, Anabélia Juchnevicz, vieram este mês pela primeira vez ao Brasil e se hospedaram em um albergue em Curitiba.O costume da família de se hospedar em albergues, no entanto, é mais antigo. "Nossa primeira viagem assim foi para a Austrália, há seis anos", conta Mendonza. "Soubemos dos albergues na época em que morávamos na Europa e, desde então, não deixamos mais de usá-los." Eles também já se hospedaram em albergues na França e na Espanha. "Além de ser mais barato, o ambiente é mais descontraído e temos a chance de conhecer pessoas de outros partes do mundo."
Segundo dados da federação, o Paraná foi um dos estados em que a rede registrou maior crescimento nos últimos dois anos. Para a diretora da Associação de Hostels do estado (AHPR), Karla Lemos, as mudanças trouxeram não apenas mais pessoas para a rede em média 30% mais cadastros como também possibilitou a ampliação da sua estrutura. "Quando iniciamos, havia apenas um hostel no estado. Hoje são oito, nas principais cidades turísticas. Antes as pessoas em viagem passavam direto pelo Paraná, mas agora elas ficam mais tempo aqui", comemora a diretora. "Ou seja, contribuímos também para o turismo do estado como um todo." Para este ano, a rede tem planos de se estabelecer em outras cidades como Londrina, Maringá e Morretes.
Segundo a AHPR, cerca de 17 mil pessoas (entre associados ou não à rede) passaram pelos hostels paranaenses no ano passado. "Melhoramos as instalações que já existiam aqui e nas novas aumentamos o cuidado com o conforto e, principalmente, com a segurança das pessoas. Com isso, mais pessoas começaram a usar a rede, inclusive famílias e casais aposentados", diz Karla.
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