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Estado de Calamidade Pública no RS

Alckmin prevê medidas de crédito para indústrias gaúchas após pressão do setor

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, ao lado de representantes da indústria gaúcha em Brasília: parceria para a reconstrução do estado. (Foto: Cadu Gomes / VPR)

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Após ouvir as demandas das indústrias no Rio Grande do Sul, o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), afirmou nesta sexta-feira (17) que o governo federal avalia novas medidas de crédito para o setor, em meio ao prejuízo causado pelas enchentes no estado gaúcho.

Segundo Alckmin, as medidas estão sendo discutidas com o Ministério da Fazenda, e será em relação aos juros e linhas de crédito.

“O presidente Lula tem colocado que não faltarão recursos para ajudar o Rio Grande do Sul. Então, já conversamos com o BNDES, vamos conversar com a Fazenda para definir a questão dos juros, do fundo garantidor e das linhas de crédito. Que devem ser para tudo, desde capital de giro, recomposição de máquinas, equipamentos, prédios, enfim, toda a área de reconstituição”, disse.

A demanda ao vice-presidente foi apresentada por representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e das indústrias gaúchas no Palácio do Planalto.

No documento para a reconstrução do setor, eles apontam que 90% das fábricas e outros equipamentos de produção industrial do Estado foram afetados porque se concentram nas áreas mais atingidas pelas inundações.

Entre as demandas, o setor sugere mudanças nas regras trabalhistas, similar ao que foi feito na pandemia da covid-19, como teletrabalho e redução da jornada.

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Segundo o vice-presidente da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira, a concessão de crédito para o setor ajudará na manutenção dos empregos que, de acordo com ele, são mais de 500 mil pessoas com carteira assinada.

“Estamos trabalhando com a possibilidade de não existir [demissões], de conseguirmos fazer um trabalho muito rápido como disse o vice-presidente. A gente precisa ser rápido. É o que estamos fazendo”, disse.

Na avaliação de Oliveira, o setor demorará cerca de 3 anos para se recuperar completamente. “Se medidas forem tomadas e o dinheiro chegar a tempo, certamente vamos ter um Estado em 3 anos novamente de pé como estava”, afirmou.

Alkmin ainda mencionou a criação do programa da Depreciação Acelerada, que será sancionado nos próximos dias após aprovação na Câmara e no Senado, o qual poderá ter uma ação específica para o Rio Grande do Sul. O programa reduz o imposto de renda das empresas e a contribuição social sobre lucro líquido para estimular a renovação de máquinas e equipamentos.

“Quero transmitir nossa solidariedade e o compromisso do trabalho extremamente rápido para a gente retomar a atividade econômica e assegurar emprego e renda o mais rápido possível”, concluiu Alckmin.

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