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O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) se encontrou na manhã desta quinta-feira (3) com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do Orçamento no Congresso, para debater uma adequação da proposta orçamentária para acomodar as promessas de campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também está previsto para ocorrer hoje o primeiro encontro das equipes de transição do governo petista e do atual governo.
Um das propostas defendidas pelo governo eleito é o aumento real de até 1,4% do salário mínimo em 2023, além da manutenção do valor de R$ 600 do Auxílio Brasil, o aumento para os servidores públicos e o reajuste na tabela do imposto de renda.
Em declaração ao g1, Castro destacou que o projeto atual do Orçamento para o próximo ano não permite a realização das promessas da campanha petista, afirmando que esse é a proposta mais restritiva da história. "Só no Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) teríamos um acréscimo de aproximadamente R$ 70 bilhões. Não há espaço orçamentário. Nós não maquiamos números, não fantasiamos com números", afirmou o parlamentar.
A discussão em torno do projeto é vista como essencial por ser o ponto de partida para implantação de ações que Lula prometeu ao longo da campanha eleitoral e que estão em seu plano de governo. Além disso, pode abrir caminho para que o Congresso reveja as emendas de relator, o chamado "orçamento secreto", cuja extinção foi também prometida por Lula.
Também estiveram presentes no encontro o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), o coordenador do programa de governo Aloizio Mercadante, além dos senadores Jean Paul Prates (PT-RN), Paulo Rocha (PT-PA), Fabiano Contarato (PT-ES), Confúcio Moura (MDB-RO) e os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG), Rui Falcão (PT-SP), Enio Verri (PT-PR e Paulo Pimenta (PT-RS).